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BRT, VLT e ônibus: o que você precisa saber sobre o terminal Gentileza

Em operação gradual, intermodal vai atender cerca de 150 mil pessoas por dia; obras do TIG custaram R$ 300 milhões e do novocorredor expresso, R$ 2 bilhões

Por Da Redação
Atualizado em 26 fev 2024, 16h55 - Publicado em 26 fev 2024, 14h34
inauguração do Terminal Intermodal Gentileza
Terminal Intermodal Gentileza: térreo é dedicado à chegada de todos os modais; na parte superior, estão bilheterias, banheiros, 80 lojas e a sala de espera para o serviço especial TIG/Aeroporto Internacional do Galeão (GIG). (Beth Santos/Prefeitura do Rio./Divulgação)
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Considerado o maior integrador de transporte público do Rio, Terminal Intermodal Gentileza (TIG) entrou em operação em dias úteis nesta segunda (26). O intermodal conecta os serviços do mais novo corredor de BRT (da sigla em inglês Bus Rapid Transit) da cidade, o BRT Transbrasil, aos do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e dos ônibus municipais. Em funcionamento gradual, BRT Transbrasil circula com uma linha das 12h às 14h, entre a Penha e novo terminal. “Muitos agentes da prefeitura estão no terminal e no entorno para ajudar a informar os usuários. A operação está ocorrendo em várias fases justamente para garantir segurança viária e para  os próprios usuários se acostumarem aos poucos com as mudanças, que trarão um grandes melhorias para a mobilidade da cidade“, disse a secretária municipal de Transportes, Maína Celidonio.

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O TIG integra três modais: o novo BRT Transbrasil, as linhas 1 e 4 do VLT e 14 linhas de ônibus municipais regulares. A Linha 1 do VLT, que parte do Aeroporto Santos Dumont, foi expandida e chegará ao TIG. Em março, entra em operação a Linha 4, que leva passageiros do terminal até a Praça XV, onde está localizado o terminal das barcas. Governo Federal e Prefeitura do Rio foram parceiros na implementação do VLT, com investimento de R$ 532 milhões de recursos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade.  A estimativa do terminal é atender cerca de 150 mil pessoas por dia. As obras do TIG foram feitas em uma área de 77 mil metros quadrados que a gestão municipal comprou da Caixa por R$ 40,8 milhões. O investimento na construção foi próximo de R$ 300 milhões pela Parceria Público Privada (PPP) do VLT do Centro, sendo R$ 257,8 milhões financiados pelo Banco do Brasil para a reestruturação do sistema do BRT.

Já o custo total da obra no corredor foi de cerca de R$ 2 bilhões. O Governo Federal, no âmbito do programa Pró-Transportes, do Ministério das Cidades, financiou R$ 1,1 bilhão com recursos do FGTS, por meio da Caixa. Outros R$ 97 milhões foram destinados à obra pelo BNDES. O investimento da prefeitura do Rio alcançou os R$ 838 milhões. O novo corredor expresso BRT Transbrasil, na Avenida Brasil, é composto por 18 estações e dois terminais, conectando Deodoro, na Zona Oeste, ao Centro do Rio, na Região Portuária, próximo à Rodoviária do Rio. O percurso total é de 26 quilômetros, e a estimativa é de que até 250 mil pessoas sejam transportadas diariamente, até 2030. Com o início da operação do corredor Transbrasil, a estimativa é de redução de 50% no tempo de deslocamento. Somando os quatro corredores (Transoeste, Transcarioca, Transolímpica e Transbrasil), serão 139 estações, 16 terminais e quase 150 km, interligando Zona Oeste, região da Barra da Tijuca, Zona Norte e Centro.

O TIG tem dois andares. O térreo é dedicado à chegada de todos os modais. Na parte superior, estão bilheterias, banheiros, 80 lojas e a sala de espera para o serviço especial TIG/Aeroporto Internacional do Galeão (GIG). O terminal é totalmente acessível. São três passarelas (Rodoviária, Rua São Cristóvão e Avenida Brasil) e mais um acesso pela Avenida Francisco Bicalho.

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A fase inicial da operação da Transbrasil, que começou no sábado (24/2) e se estende até 30 de março, tem os ônibus articulados circulando no trecho entre o bairro da Penha e o Terminal Gentileza no horário das 12h às 14h, com intervalos de 10 minutos entre as viagens e tempo de percurso de 20 minutos. O preço da passagem (R$ 4,30) será o mesmo cobrado em todos os modais municipais. Os ônibus saem da Penha, fazem paradas nas estações Ibiapina, Olaria, C. de Moraes e Santa Luzia, antes de entrarem na Transbrasil e seguirem direto, sem paradas, até o Terminal Gentileza.

“Com o início das operações do Terminal Gentileza os moradores da Zona Norte terão o seu tempo de percurso reduzido. Da Penha ao Centro, por exemplo, que antes faziam em 55 minutos, agora será realizado em 20 minutos. Com isso ajudamos a proporcionar mais dignidade ao trabalhador”, afirma o subprefeito da Zona Norte, Diego Vaz.

Para atender à demanda dos passageiros que utilizam o Aeroporto Internacional Tom Jobim (GIG), uma linha expressa de ônibus executivos TIG x GIG, sem paradas nas estações, está em operação todos os dias, das 6h à meia-noite, com intervalos previstos de 20 minutos. O tempo de viagem é estimado em 16 minutos. Os ônibus têm bagageiros e uma sala de espera à disposição dos passageiros no Terminal Gentileza. O valor da tarifa é de R$ 15, e a passagem pode ser paga com Jaé ou Riocard.

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Cinco linhas de ônibus municipais que tinham como destino o entorno da rodoviária já estão operando no local desde sábado (24). São elas: – Linha 104 (São Conrado – Terminal Gentileza) – Linha 133 (Largo do Machado – Terminal Gentileza) – Linha 301 (Terminal Gentileza – Barra da Tijuca) – Linha 302 (Terminal Gentileza – Terminal Alvorada) – Linha 353 (Praça Seca – Terminal Gentileza) Os pontos de ônibus dessas linhas nas ruas Comandante Garcia Pires e General Luís Mendes de Moraes e na Praça Marechal Hermes foram desativados.

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O VLT Carioca ampliou a operação da sua linha 1, que passou a circular entre o Terminal Intermodal Gentileza e o Santos Dumont desde sábado (24/2). O traçado Terminal Gentileza x Santos Dumont pode ser feito pelos passageiros em cerca de 30 minutos. O horário de funcionamento está mantido: das 6h à meia-noite. O novo sistema de bilhetagem digital, o Jaé, começou a funcionar no VLT, que passa a ser o segundo modal a aceitar essa forma de pagamento. Desde julho do ano passado, todo o sistema BRT já aceitava o cartão.

A partir de 16 de março, serão implantadas restrições à circulação de caminhões em trechos da Avenida Brasil, para evitar retenções em alguns trechos e faixas de horário. Também em 16 de março, outras cinco linhas municipais passam a operar no Terminal Gentileza. São elas: Linha 108 (Terminal Gentileza – Jardim de Alah), Linha 110 (Terminal Gentileza – Jardim de Alah), Linha 112 (Terminal Gentileza – Alto da Gávea), Linha 606 (Terminal Gentileza – Engenho de Dentro), Linha SV 606 (Terminal Gentileza – Engenho de Dentro).

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A partir de 30 de março, o BRT Transbrasil começará a operar de Deodoro ao Terminal Gentileza, com horário mais ampliado, das 10h às 15h. O serviço também passa a parar em todas as estações do percurso. Também nesta data será iniciada a operação da calha segregada do BRT. Isso significa que a faixa da esquerda da seletiva, exclusiva para BRTs, será limitada por segregadores. Já a faixa da direita da seletiva poderá ser usada por ônibus, veículos de serviço e táxis. Elas serão limitadas com pintura, e funcionarão todos os dias da semana. Nos trechos junto às estações, para garantir segurança na ultrapassagem dos BRTs expressos, a faixa seletiva será segregada com tachões. Em trechos de calha singela, apenas ônibus e BRTs serão permitidos. Até o dia 30 de março, está prevista a inauguração da linha 4 (Praça XV x Terminal Intermodal Gentileza) do VLT para atender o Terminal Gentileza. O novo trajeto terá duração de 29 minutos.

 

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