Metrô prevê expansão da Linha 2 com destino à Praça Quinze
Trecho, ligado à estação Estácio, já fazia parte dos planos iniciais para o sistema e poderia ajudar a recuperar passageiros, mas nunca saiu do papel
Ao completar 25 anos de concessão, a Metrô Rio tenta recuperar o volume de passageiros transportados antes da pandemia, que caiu de cerca de 900 mil por dia para 650 mil. E o trecho de pouco mais de 3km que liga o Estácio à Praça Quinze e que já fazia parte dos planos iniciais para o sistema, inaugurado em março de 1979, é considerado fundamental para isso, segundo reportagem do jornal O Globo. A expansão desafogaria a Linha 2, que parte da Pavuna e atualmente é a de maior carregamento de usuários. O novo trecho permitiria também a integração com as barcas, ajudando o metrô a atingir o número de passageiros que eram transportados até 2019.
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O sistema de metrô do Rio foi o primeiro do país a ser privatizado, e os atuais concessionários o receberam, em 1998, com 24 estações e 28 km de extensão de trilhos. De lá para cá, a malha cresceu para 41 estações e 54,4 km de extensão, totalizando mais de 4 bilhões de embarques em três linhas, segundo dados oficiais. Por contrato, a concessionária Metrô Rio responde pela operação e manutenção do sistema, cabendo ao governo do estado investir em expansão, compra de trens e construção de novas estações. A última expansão foi a criação da Linha 4, inaugurada em 2016.
A construção da plataforma da Carioca (para a ligação entre Estácio e Praça Quinze) começou em 1987 e, mais de 30 anos depois, segue paralisada. Naquele mesmo ano começou a fazer a construção do metrô para Ipanema, que só foi inaugurado em 2010. Também no mesmo ano foi iniciada a estação da Pavuna só inaugurada em 1998, 11 anos depois. Anunciada como prioridade pelo governo do estado diversas vezes, a ligação entre Estácio e Praça Quinze, passando pela Cruz Vermelha, ameaçou virar realidade pela última vez em 2015, mas a crise financeira do estado impediu que o projeto fosse adiante.
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“Fazer novos trechos depende de recursos, e cada quilômetro de metrô tem um custo muito
elevado. Hoje, sem verbas ou financiamento é praticamente impossível fazer qualquer
expansão. A questão do custo é que deixa esses projetos no meio do caminho”, diz Ronaldo Balassiano, professor aposentado do programa de Transporte da Coppe/UFRJ, em entrevista ao Globo. A Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana informou que trabalha para dar soluções que melhorem o funcionamento do sistema de transporte urbano de forma integrada, e que o modal metroviário tem duas prioridades dentro do Plano Decenal, elaborado pelo governo do estado. Uma delas é a conclusão da obra da estação Gávea, da Linha 4, que está sendo definida pelo governo. “A secretaria está aprovando, nos órgãos de controle, a proposta para que ela seja, enfim, terminada e posta em operação ainda este ano. O desfecho está próximo”, informa a pasta.
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“Nestes 25 anos, o modelo (de concessão) se mostrou positivo. É um serviço muito bem
avaliado. A empresa construiu uma cultura muito voltada à qualidade dos serviços e
atendimento ao usuário”, avalia o presidente do Metrô Rio, Guilherme Ramalho.