Metanol: Rio terá programa de combate a falsificação de bebidas
Mesmo sem casos de intoxicação por aqui, o objetivo é endurecer a fiscalização de produtores de bebidas

Mesmo sem casos de intoxicação por metanol no Rio de Janeiro, a prefeitura criou o Programa de Prevenção e Combate à Fraude e Clandestinidade de Produtos Vegetais.
O objetivo é endurecer a fiscalização de produtores de bebidas e evitar casos como a intoxicação por metanol, como ocorreu em São Paulo e Pernambuco, com gim, vodca e uísque.
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A regulamentação foi publicada no Diário Oficial do Município do Rio desta quarta (1º) e a multa prevista é de 5 400 reais para quem descumprir as determinações.
Até quarta (1º) o Brasil registrou 43 notificações de intoxicação por metanol, de acordo com o Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs Nacional). Do total, 39 foram em São Paulo e quatro em Pernambuco. Nenhum caso de bebida adulterada com metanol foi identificado na capital fluminense.
O prefeito Eduardo Paes pediu que os cariocas tomem cuidado ao ingerir bebidas alcoólicas.
“Fica o alerta a toda a população: procurem não consumir destilados em locais onde você não consiga ter a certeza de que foram adquiridos de distribuidoras confiáveis. Não sabemos a dimensão dessa crise e é bom redobrar a atenção”, afirmou o prefeito.
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De acordo com o decreto, o programa de prevenção ficará a cargo da Vigilância Sanitária, que vai promover a regulamentação de estabelecimentos produtores, evitando, assim, as fraudes envolvendo bebidas alcoólicas.
Representantes de entidades públicas e privadas vão poder colaborar com as atividades do órgão, que prevê, inclusive, a coleta de amostras de bebidas para análises laboratoriais. Também faz parte do programa conferir se os produtos presentes na bebida são condizentes com a formulação declarada no rótulo da garrafa.
Os estabelecimentos podem ser alvos de fiscalizações de acordo com denúncias de consumidores.