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Para o mercado imobiliário da Barra, carros elétricos são uma realidade

Atentas às novas demandas dos moradores, construtoras correm para equipar lançamentos com pontos de recarga para veículos movidos a eletricidade

Por Marcela Capobianco
16 ago 2024, 06h43
Niemeyer 360º: a torre será entregue com aparelho de recarga em dez vagas
Niemeyer 360º: a torre será entregue com aparelho de recarga em dez vagas (./Divulgação)
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Quem percorrer os quase 40 quilômetros da Avenida das Américas certamente cruzará com algum automóvel elétrico pelo caminho. Um estudo da Universidade Veiga de Almeida (UVA) mostrou que 46% das estações de recarga de automóveis da capital fluminense ficam na Barra da Tijuca. Segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), em 2023 houve um aumento de 91% nas vendas de possantes que, em vez de álcool ou gasolina, só precisam de uma tomada para abastecer o “tanque”.

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Atento às tendências — e às novas demandas —, o mercado imobiliário corre para que os novos projetos de condomínios no bairro disponham de espaços para recarga não só de carros, mas de bicicletas e até de patinetes. “Pesquisas internas mostram que a preocupação com a sustentabilidade já é fator decisório na compra de imóveis”, conta Juliana Lembi, gerente de produto da Patrimar.

No início de 2025, a construtora entrega o Oceana Golf, com seis edifícios, cada um deles equipado com um ponto de recarga elétrica, além de cinco bikes e cinco patinetes movidos a eletricidade que serão compartilhados com os moradores.

Bicicletário elétrico: diferencial no projeto do Oceana Golf, previsto para 2025
Bicicletário elétrico: diferencial no projeto do Oceana Golf, previsto para 2025 (./Divulgação)
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Em um cenário global de emergência climática, as previsões convidam a uma séria reflexão e não deixam dúvida sobre a urgência de mudar hábitos em prol do planeta. Abandonar a dependência de combustíveis fósseis é uma realidade, e a quantidade de automóveis elétricos nas ruas vai crescer dez vezes até 2030, de acordo com projeção da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).

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No modelo adotado por construtoras, cada condomínio define a forma de cobrança para quem usa o serviço de recarga, geralmente intermediado por um aplicativo. O pagamento pode ser feito no próprio app ou por boleto. “Estamos de olho no mercado imobiliário de Miami, de Dubai, dos Emirados Árabes Unidos e de São Paulo. Na capital paulista, por exemplo, o Corpo de Bombeiros propôs que os pontos de recarga sejam instalados ao ar livre. Mesmo que isso nem esteja em discussão aqui no Rio, tratamos de nos antecipar, readequando os projetos”, afirma Fernando Nabuco, gerente de marketing da Avanço Realizações Imobiliárias, que ergue o condomínio Signature, na Praia do Pepê, devidamente equipado com carregadores para veículos elétricos.

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arte elétrico

Não será diferente na antiga Torre H. Após quase quatro décadas aguardando um desfecho, o edifício redondo na Avenida das Américas, projetado por Oscar Niemeyer no fim dos anos 1960, teve 85% dos seus 448 apartamentos arrematados em um leilão pela brasiliense Capital 1 Investimentos Imobiliários. Os proprietários dos 15% restantes toparam entrar no projeto, e em dez meses 50% do total de unidades do agora Nie­meyer 360º foi vendido.

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Os pri­mei­ros moradores pegam as chaves em dezembro de 2025, contando com diferenciais como área de lazer completa, com piscina de borda infinita, academia, spa, quadras esportivas e dez vagas com aparelho de recarga de carros elétricos. “Sinceramente, nem sabemos se existe tanta demanda, mas esse item já se tornou um padrão em empreendimentos de ponta”, resume Antonio Osório Filho, sócio-administrador da Capital 1. “O motor elétrico é quatro vezes mais eficiente que o convencional, a combustão. Para quem percorre até 100 quilômetros por dia, é um baita investimento no longo prazo, para o bolso e para o planeta”, aponta Márcio D’Agosto, professor de mobilidade, logística e sustentabilidade da Coppe/UFRJ. É apenas uma questão de tempo.

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