Memória da Cidade
Volta a se chamar Granado uma das farmácias mais antigas do Rio, localizada em prédio centenário no coração da Tijuca
Retorno às origens
Foi reaberta, no início do mês, após passar os últimos dezenove anos sob o comando de outros grupos (como Max e Vita), a farmácia Granado da Praça Saens Peña. Primeira filial da botica carioca, ela fica num prédio de 1926 do qual foram tombadas pelo Patrimônio Histórico tanto a fachada como a parte interna, mantendo-se seus móveis antigos e o piso original. Tudo começou em 1870, quando o português José Antônio Coxito Granado ergueu a matriz de sua “pharmacia” na Rua Primeiro de Março, no Centro. Nos anos 20, ele estenderia o empreendimento ao então Engenho Velho, hoje o bairro da Tijuca. A franquia saiu das mãos da família do pioneiro em 1994, pois o último descendente não deixou herdeiros. Foi repassada ao economista inglês Christopher Freeman, que se mantém como sócio majoritário desta rede conhecida por talcos (polvilhos antissépticos) e sabonetes de glicerina. Ao longo do tempo, ali também passaram a ser vendidos chás (como o Carioca, com o desenho do Pão de Açúcar na embalagem) e remédios, cujos divertidos reclames dizem muito sobre sua época. Pelos próximos dias, os clientes poderão acompanhar de perto o trabalho de profissionais que estão descascando uma das paredes com o intuito de recuperar a pintura de velhos arabescos.