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Três perguntas para…

O desenhista Maurício de Sousa, que está em cartaz com o espetáculo Turma da Mônica no Mundo do Circo

Por Rafael Teixeira
Atualizado em 5 dez 2016, 15h31 - Publicado em 2 jul 2012, 14h38
Luisa Santos / Revista Alfa
Luisa Santos / Revista Alfa (Redação Veja rio/)
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Em meados dos anos 70, o desenhista levou pela primeira vez ao palco seus famosos personagens de histórias em quadrinhos. Desde então, estrearam mais de cinquenta produções, de espetáculos curtos criados para entreter os visitantes do Parque da Mônica, em São Paulo, a montagens ambiciosas que cumprem turnê por várias cidades do Brasil. Na segunda categoria encaixa-se Turma da Mônica no Mundo do Circo, em cartaz sob a lona montada no estacionamento do Recreio Shopping. A direção é de Mauro Sousa, um dos dez filhos de Mauricio – seis trabalham com ele.

Como surgiu a ideia de transpor a Turma da Mônica para o palco? Essa é uma vontade que sempre esteve presente. Era a maneira de colocarmos a turminha perto do público, ao vivo, com o fascínio que o teatro provoca. Começamos com A Turma da Mônica contra o Capitão Feio, nos anos 70, mas não gostei do resultado. Havia falhas na coreografia, as máscaras dos personagens eram primitivas e o som estava ruim. A partir daí, comecei a pensar no aperfeiçoamento, porque já tinha em mente a ideia de uma grande adaptação de Romeu e Julieta com a turma, o que aconteceu em 1978. Foi o nosso musical mais marcante. Arrastava, em média, 12?000 espectadores por mês ao teatro.

Como é a relação de trabalho entre você e seu filho Mauro, que tem dirigido as últimas montagens? Seis dos meus dez filhos trabalham na empresa em funções diversas. Todos escolheram esse caminho e mostram bom desempenho. Não os obriguei. Fico muito feliz com isso. Eu faço a supervisão geral de todas as montagens, mas a direção e a produção ficam por conta do Mauro. Além de pianista e cantor, ele tem formação de ator e já participou de grandes musicais no Brasil, como Miss Saigon. Ele está conseguindo trazer essa bagagem para os espetáculos. Temos um relacionamento muito feliz como chefe e funcionário, assim como o de pai e filho. Conseguimos separar muito bem as relações familiares das profissionais, e por isso o trabalho tem evoluído de uma forma positiva. Partilhamos uma relação de muita transparência e confiança.

Muitos leitores dos seus quadrinhos hoje são pais. Os espetáculos da Turma da Mônica são também para eles? Com certeza os pais se divertem. Muitos continuam leitores dos meus gibis. Já tivemos na plateia até casais sem filhos que são fãs dos personagens.

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