Uma semana após liberação de máscara, 43% estão sem dose de reforço no Rio
Prefeitura quer deixar de exigir passaporte da vacina quando 70% dos cariocas tiverem tomado a terceira dose; ideia é conviver com a doença como uma endemia
Uma semana após a liberação do uso de máscaras em locais fechados na cidade do Rio, mais de 40% da população considerada vacinável não tomaram a dose de reforço contra a Covid-19. A meta da prefeitura é deixar de exigir a cobrança do passaporte da vacina nos estabelecimentos comerciais – única medida sanitária ainda adotada pelo município contra a doença – quando 70% da população carioca tiver recebido o reforço de imunização. Atualmente, esse índice é de 56,4%. De acordo com a secretaria municipal de saúde, 670 mil cariocas elegíveis ainda não procuraram os postos para tomar o reforço.
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Até o momento, doze capitais e o Distrito Federal já tornaram o uso de máscaras facultativo. Nas cidades do Rio de Janeiro, Natal e no Distrito Federal não há mais exigência do item de proteção em ambientes fechados. A liberação das máscaras em locais fechados, segundo a secretaria, teve como base os números de casos de Covid-19 na cidade e a cobertura vacinal. Os mais recentes dados do Painel Rio Covid-19 mostram que a taxa de letalidade pela doença está em 0,3%.
À CNN, o secretário de Saúde, Daniel Soranz, disse nesta terça (22) que o cenário epidemiológico no Rio de Janeiro é muito positivo e que a partir de agora teremos que conviver com a Covid-19 como uma endemia, assim como outras doenças. Por isso, a vacinação é tão importante: “Não dá para pensar no momento atual, em erradicação da Covid-19. Ela vai continuar presente no nosso dia a dia. O que a gente sabe é que as pessoas vacinadas têm um risco muito pequeno de contrair a forma grave da doença e evoluir para óbito. Por isso, é importante que as pessoas tomem a 2ª dose da vacina e a dose de reforço, que é essencial para essa proteção. Fazemos um apelo para que os cariocas não deixem de tomar a dose de reforço”.
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Para a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), que considera a liberação do uso de máscaras em lugares fechados como positiva, ainda é cedo para avaliar o impacto da nova medida no setor. Já Alfredo Lopes, presidente do Sindicato dos Meios de Hospedagem do Município do Rio de Janeiro (HotéisRIO) e do Conselho da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado do Rio de Janeiro (ABIH-RJ), disse que muitos hóspedes ainda não abandonaram o hábito de usar a máscara e que está animado com a temporada de eventos para o turismo. “Em relação à não obrigatoriedade do uso de máscara percebo muitas pessoas usando ainda. O Rio está bem cheio, muitos turistas e a gente acredita que essa temporada será muito boa ainda mais com a chegada do carnaval. Ainda bem que esse ano de 2022 tem um calendário de eventos muito bons”, afirmou ele.