Caso Marielle: irmãos Brazão são transferidos para presídios federais

Chiquinho vai para a unidade de Campo Grande (MS) e Domingos, para Porto Velho (RO), uma estratégia para abrir novas frentes na investigação

Por Da Redação
27 mar 2024, 15h41

Domingos-Chiquinho~-Brazão-assassinato-marielle-franco — Domingos e Chiquinho Brazão: presos sem contato um com o outro, os alvos caem no dilema de quem vai colaborar primeiro e receber os benefícios penais decorrentes desse acordo. (Alerj/Agência Brasil)

Os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão foram transferidos para penitenciárias federais diferentes nesta quarta (27). Chiquinho vai ser levado para a unidade de Campo Grande (MS), equanto Domingos vai para Porto Velho (RO). Os dois estavam detidos desde domingo (24) em Brasília. O ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, terceiro preso na operação de domingo (24), continuará na capital federal.

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A intenção do Ministério da Justiça, ao mantê-los em penitenciárias diferentes, segundo o jornal O Globo, é aplicar a chamada “teoria dos jogos”, para levá-los a colaborar com as autoridades e, deste modo, abrir novas frentes de investigação no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol). Os três são acusados de encomendar o crime, que vitimou também o motorista Anderson Franco. Sem contato um com o outro, os alvos caem no dilema de quem vai colaborar primeiro e receber os benefícios penais decorrentes desse acordo. Quem decide pelo silêncio acaba recebendo uma punição maior da Justiça.

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As prisões da operação da Polícia Federal no domingo (24) foram baseadas em informações da delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, que confessou ter matado Marielle e seu motorista Anderson Gomes em março de 2018. Segundo Lessa, os irmãos Brazão foram os mandantes do crime e o delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa o “garantidor da impunidade” na investigação do caso, como consta no relatório da PF.