Mancha escura no mar da Barra da Tijuca intriga frequentadores
Concessionária Iguá, que cuida da despoluição de lagoas na Zona Oeste, diz que fenômeno não tem relação com esgoto

Quem passou pela Praia da Barra – mais especificamente pelo Quebra-Mar – nesta quarta (14) notou uma imensa mancha escura no mar.
Imagens aéreas feitas pela TV Globo mostraram que a água ficou com uma coloração marrom esverdeada, que parecia sair do Canal da Joatinga.
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Equipes do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) coletaram amostras da água na tarde desta quarta (14).
No entanto, em uma análise preliminar, técnicos do órgão disseram que o fenômeno é provocado pela variação da maré e, geralmente, não prejudica a qualidade da água do mar e tampouco traz riscos à saúde dos banhistas.
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Em nota, a concessionária Iguá, responsável pela dragagem das lagoas da Barra e de Jacarepaguá, afirmou que a mancha não tem relação com a operação da rede coletora de esgoto e que se trata de um fenômeno natural.
“A mancha está relacionada à combinação de fatores meteorológicos, como a ocorrência de ressaca e a maré de sizígia, já registrados em ocasiões anteriores. A concessionária também reforça que o projeto de dragagem do Complexo Lagunar tem como objetivo contribuir para revitalização das lagoas, que sofrem há décadas com a poluição. Ao longo de sua execução, já foi identificada a melhora da troca hídrica no sistema lagunar, o que contribui para aumentar a oxigenação e qualidade da água”, apontou a Iguá.
Maré de Sizígia acontece quando o sol e a lua estão alinhados com a Terra – época de luas Cheia e Nova, com maré mais alta do que o normal.
No final da tarde desta quinta (15), o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou, em nota, que em razão da alta vazante observada durante a coleta na Praia da Barra, foi detectada uma concentração de matéria orgânica maior do que a estipulada pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
Devido a isso, estão impróprios para o banho de mar os seguintes pontos: Quebra-Mar (em frente à Rua Sargento João de Faria), em frente ao 2º GBM (Bombeiros), e em frente ao Riviera Country Club. Nos demais pontos os resultados de enterococcos estão abaixo do limite de detecção.
O Inea ratifica que o monitoramento de qualidade continua sendo executado na área, semanalmente, e mantem a orientação aos banhistas que evitem o banho em trechos próximos à saída das galerias de águas pluviais e saídas de rios e canais, nas primeiras horas após ocorrência de chuvas.