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Monopólio da ilegalidade: como a máfia dos cigarros atua no Grande Rio

Criminosos impedem empresas de vender produto legalizado em áreas do Rio, Baixada, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Itaguai

Por Da Redação
8 abr 2024, 17h05

Dados atuais da indústria de cigarros mostram que o estado do Rio tem áreas em que o produto legalizado não pode ser vendido, graças à atuação de uma máfia que falsifica o produto contrabandeado do Paraguai. Só em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, uma das principais fabricantes do Brasil não consegue mais vender os cigarros em 10 localidades. Em Seropédica, também na Baixada, o cigarro legalizado não chega em 12 localidades. Na Zona Oeste da capital, a empresa não entra em 21 regiões – de Bangu, Santíssimo, Santa Cruz, Campo Grande, Guaratiba, Jardim Maravilha e Senador Camará. A máfia também se expandiu para outras cidades da Região Metropolitana, como em São Gonçalo, Itaboraí e Itaguaí. As informações são da TV Globo.

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De acordo com a TV Globo, os cigarros falsificados pelo grupo estão em mais da metade do estado. A quadrilha usa de extrema violência para ganhar mercado – com pelo menos 20 mortes nos últimos dois anos – e contam com a colaboração de agentes corruptos do estado. Diferentemente de outros produtos e serviços apropriados pelo crime organizado no Rio -como o transporte alternativo, gás, internet, água, em que cada quadrilha explora a região que domina -, o cigarro tem mais uma peculiaridade: a máfia tenta o monopólio sobre esta atividade ilegal seja em área de milícia, com acordos. ou em áreas de tráfico, pagando pedágios.As empresas admitem que nos últimos anos, a situação piorou. Na capital, é proibido vender em todo o Complexo de São Carlos, no Estácio. Na Zona Norte, o Morro do 18 e o Complexo do Chapadão estão entre as localidades proibidas.

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O Mercadão de Madureira, na cidade do Rio, é um dos principais redutos da máfia. Ali a indústria formal ainda entra, com produtos legalizados a baixo custo – por um decreto do governo federal, cigarros não podem custar menos que R$ 5 no Brasil, para desestimular o consumo, já que fumar faz mal à saúde. Mas os criminosos se valem de violência para impedir concorrência. Investigações mostram que a máfia passou a matar quem contrabandeava cigarros do Paraguai e não vendia o produto falsificado. Em outubro do ano passado, por exemplo, o camelô Eralmo Rodrigues Campos foi morto no Mercadão. Segundo o inquérito que investiga a morte, ele vendia o produto contrabandeado havia um ano e meio.

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