L’Oréal toca projeto social junto a ONG Redes da Maré
Empresa é responsável pelo projeto Maré de Belezas, que capacita auxiliares de cabeleireiro no Complexo da Maré
Antes da implantação do Centro de Pesquisa & Inovação da L’Oréal, inaugurado em outubro passado, na Ilha de Bom Jesus (Fundão), a empresa francesa se juntou à ONG Redes da Maré para tocar um projeto social que oferecia cursos de capacitação em construção civil e em gastronomia. “No primeiro, formamos 54 pessoas, e, depois, 22 delas trabalharam nas obras do nosso centro. Já no segundo, o Maré de Sabores, formamos 78 mulheres. Hoje, ele é nosso fornecedor para eventos”, comemora Maya Colombani, diretora de sustentabilidade da L’Oréal Brasil. Os bons resultados fizeram a empresa expandir o relacionamento com a comunidade e, em março deste ano, foi aberta a escola Maré de Belezas, com curso de auxiliar de cabeleireiro, que tem duração de três meses.
A adesão foi imediata. Para as primeiras quatro turmas, 162 mulheres se inscreveram e 48 foram selecionadas, levando-se em consideração o interesse pela área, o objetivo profissional, o nível de vulnerabilidade social e a disponibilidade para se dedicar às aulas. “A formatura será em 24 de julho, e o próximo curso começará em agosto, mas o que me deixa mais feliz é o fato de termos grandes talentos, mulheres engajadas e com foco”, afirma Maya, que faz questão de ressaltar a parceria com a Redes da Maré. “Não é um projeto só da L’Oréal, é uma cocriação. E é gratificante ver até que ponto podemos fazer diferença na vida das mulheres, melhorando sua autoestima e abrindo as portas do mercado de trabalho para elas”, diz a executiva francesa, de 41 anos, que há nove mora aqui.
O modelo da Maré de Belezas é muito parecido com o do projeto Casa das Belezas, que a empresa mantém em parceria com a Casa do Menor, em Nova Iguaçu, desde o ano passado. As alunas têm aulas práticas e teóricas, com o conteúdo do Instituto L’Oréal Professionnel, que aborda temas como colorimetria e transformação capilar. “Apenas adaptamos o conteúdo à filosofia de cada ONG. Na Casa do Menor, foram incluídas aulas de ética e cidadania. Na Maré, de questão de gêneros”, explica. A empresa espera capacitar 300 mulheres até o fim do ano e faz planos de abrir unidades em outras comunidades. “Como líderes mundiais em cosméticos, temos um dever social e ambiental. Num país como o Brasil, queremos ser cada vez mais atores de mudança e fazer a diferença no Rio, onde estamos há sessenta anos”, garante Maya.