A ligação da máfia das máquinas de pelúcia com jogo do bicho e caça-níquel
Investigado por 'golpe da garra fraca' já respondeu por envolvimento com contraventores ligados aos jogos de azar no Rio
Um dos investigados no esquema do “golpe da garra fraca”, em máquinas de bichinhos de pelúcia, já foi investigado por envolvimento por contravenção e jogos de azar em caça-níqueis. Um dos alvos da 2ª fase da Operação Mãos Leves, da Polícia Civil, nesta quarta (28), ele é o elo entre duas as investigações, mas não teve seu nome revelado. Segundo o delegado delegado Pedro Brasil, em entrevista ao portal G1, a polícia investiga agora se milicianos ou bicheiros estão por trás da “quadrilha dos bichinhos”.
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A investigação aponta que os criminosos instalavam nos equipamentos um contador de jogadas que interfere na corrente elétrica que alimenta a grua para fisgar as pelúcias — que o cliente acredita controlar. Desta forma, somente após um determinado número de créditos o grampo libera a potência necessária para a garra pegar um brinquedo.
Três funcionários de empresas alvos foram levados para a delegacia para prestarem depoimento nesta quarta (28). Mais de R$ 300 mil em espécie também foram apreendidos, além de celulares, computadores, notebooks, tablets e documentos, que serão examinados para que a Polícia Civil tente desvendar a estrutura do grupo criminoso. O objetivo é também identificar a participação de outros integrantes e de organizações criminosas envolvidas.
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Os investigados podem responder por crimes contra a economia popular, contra o consumidor, contra a propriedade imaterial e associação criminosa, além da contravenção de jogo de azar. As investigações também prosseguirão para apurar eventual prática de lavagem de dinheiro.