Lei Seca: em 10 anos, quase 60 motoristas foram flagrados 10 vezes ou mais
Governo do Estado promete reforço na fiscalização para os próximos anos, incluindo o uso de drones para auxiliar a operação
A Operação Lei Seca é uma das boas tradições no Rio. Mesmo atuante – quem bebe, dirige e é pego pelos agentes tem de pagar 2.934,70 reais de multa e, além disso, há o agravante da suspensão do direito de dirigir por um ano – alguns motoristas parecem não temê-la.
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Dados coletados durante os últimos dez anos da Operação Lei Seca demonstram que 59 motoristas beberam e dirigiram dez vezes ou mais. Pela média, esses motoristas são pegos pelo menos uma vez ao ano.
Desde 2014, quase 4,2 milhões de condutores passaram pela testagem e, desse total, 303.030 deram resultado positivo no exame de alcoolemia.
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Esses números englobam uma pesquisa do governo do estado do Rio de Janeiro sobre a última década da operação. “Em 2018, tínhamos alcançado uma taxa de 4% de motoristas flagrados dirigindo após ingerir bebida alcoólica. Esse número pulou para 13% em 2021 e atualmente está em 12,5%. Estamos há quatro anos com uma taxa de dois dígitos, e vínhamos de sete anos abaixo de 6,5%. Isso mostra a importância de levantamentos como esse, evidenciando a necessidade de um aumento na fiscalização e também de campanhas de conscientização por parte do poder público”, afirmou o deputado federal Hugo Leal, autor da Lei Seca, ao jornal O Globo.
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André Moura, secretário de Estado do Governo, promete reforço na fiscalização para os próximos anos, incluindo o uso de drones para auxiliar a operação. “Várias medidas estão sendo adotadas pela Lei Seca para evitar que os motoristas burlem a operação e sigam dirigindo, mesmo sob o efeito do álcool, e colocando em risco a vida da população. Uma delas é a contratação de nove drones para auxiliar os agentes”, apontou também à publicação.
O levantamento também aponta que a média mensal de motoristas flagrados pela Lei Seca no estado do Rio de Janeiro é de 19.751. Sendo dezembro o mês com mais ocorrências, registrando 23.186, em média.
Já as cinco cidades com mais ocorrências nos últimos dez anos são Rio de Janeiro (161.800), Niterói (13.900), São Gonçalo (7.300), Nova Iguaçu (5.100), e São João de Meriti (3,7 mil).