
Aos 40 anos de idade, e vinte de profissão, a atriz carioca celebra o duplo aniversário com a montagem do drama De verdade – A Mulher Certa, baseado na obra do escritor húngaro Sándor Márai (1900-1989). Além da peça, que estreia ao lado de Guilherme Piva, no Espaço Sesc, na sexta (13), Kika (novo nome artístico de Christiana) Kalache está de volta à TV. Vai interpretar Ivone na novela das 7 Cheias de Charme, em cartaz na Rede Globo a partir do dia 16.
Sua imagem na televisão ficou muito marcada pela engraçada Bebela, na novela América (2005). Isso pode atrapalhar na hora de interpretar um drama? Realmente, a Rede Globo às vezes marca muito os tipos em determinados artistas. Em América, como maria-breteira (equivalente à maria-chuteira, nos rodeios), a Bebela fazia quase comédia rasgada. Já em Cobras & Lagartos eu era a solteirona Kika, uma coitada. Curiosamente, na pré-estreia de De verdade – A Mulher Certa, em Curitiba, algumas pessoas riram em momentos que não eram engraçados.
Seu novo papel na televisão vai ser divertido? Nem tanto. A Ivone é uma protestante da Igreja Batista, muito amiga da Penha (personagem de Taís Araújo). Mas ela não é uma evangélica daquelas que ficam querendo catequizar as pessoas. É uma personagem solidária.
Trocar de nome, após duas décadas de carreira, foi conselho de numerólogo? Não tem nada a ver com numerologia. Simplesmente, todo mundo me chama de Kika e eu vivia sempre numa coisa esquizofrênica, entre o nome e o apelido. Sempre preferi Christiana, mas as pessoas não conseguem pronunciar esse nome. Ou é Christiane ou é Cristina. Até atendente de telemarketing quando liga para a minha casa me chama de Christiane. Não dá, né? Aliás, todas as xarás que conheço têm esse mesmo problema.