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Isis Valverde

Como um furacão, a periguete Suelen ditou a moda popular feminina, provocou o público masculino e alçou sua bela intérprete ao primeiro time da tevê brasileira

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 15h17 - Publicado em 5 dez 2012, 15h59
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isis-valverde-01.jpg (Redação Veja rio/)
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Quem se habituou à prosódia suburbana de Suelen, a periguete cobiçada por todo o time do Divino Futebol Clube, de Avenida Brasil, se surpreende ao ouvir a nova forma com que a atriz Isis Valverde vai pronunciando as palavras e interjeições. Em mais uma prova de versatilidade, essa belo-horizontina de 25 anos, oito deles passados no Rio, agora fala como uma legítima baiana de Salvador. Explica-se a metamorfose: a musa dos boleiros de segunda divisão, que circulava de roupas justas, cintos dourados, bijuterias extravagantes e barriga de fora, passou a encarnar, menos de um mês depois de encerrada a trama que a consagrou, a protagonista da microssérie O Canto da Sereia. Ela interpreta uma estrela de axé music assassinada no alto de um trio elétrico em uma terça-feira de Carnaval. “Eu estava bem cansada, mas chorei quando li o texto pela primeira vez. Não tinha como recusar este papel”, explica. Nesse desafio, enfrentou uma série de exaustivas gravações, muitas delas externas, sob o sol da Bahia, e até cantou para uma multidão de figurantes.

Com sete novelas no currículo, engatadas uma após a outra, e há quatro anos sem férias, Isis não é do tipo que rejeita trabalho. Quando ainda era Suelen e ditava moda no comércio popular carioca com as invencionices e o estilo de vida, digamos, pouco convencional da personagem, ela avançava simultaneamente em outra frente, dessa vez cinematográfica. Entre maio e julho, incorporou o papel de Maria Lúcia, em Faroeste Caboclo, produção inspirada pela música imortalizada na voz de Renato Russo. A trágica história de amor entre uma jovem e um traficante, passada nas cidades-satélite de Brasília, tem uma forte densidade dramática. Isis, no entanto, contrabalançou tudo com uma peculiar carga afetiva. “As músicas da Legião Urbana fazem parte da minha memória”, explica. Até a adolescência, ela viveu na pequena Aiuruoca, paraíso meio hippie na Serra da Mantiqueira, lugar onde a mãe costumava ouvir as canções do grupo brasiliense em último volume. “Lá estão as pessoas com que posso contar para sempre.” E o Rio? “Ah, aqui é o lugar onde fiz o meu ninho, onde quero casar, ter filhos e morar”, derrama-se Isis, em um tom que lembra uma leve mistura de Ivete Sangalo com Claudia Leitte.

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