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Para investigar contaminação, Cedae deixa Grande Rio parcialmente sem água

Polícia Civil investiga origem de vazamento de tolueno, substância que, em altas doses, provoca até sufocamento e parada cardiorrespiratória

Por Da Redação
4 abr 2024, 15h59
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Estação de Tratamento Imunana-Laranjal: sistema abastece Niterói, São Gonçalo, Itaboraí (água bruta), Maricá (distritos de Inoã e Itaipuaçu) e Ilha de Paquetá, no Rio, impactando cerca de 2 milhões de pessoas.  (./Divulgação)
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A Polícia Civil investiga a origem do produto químico que foi encontrado na água bruta (ainda não tratada) no manancial de captação do Sistema Imunana-Laranjal, que causou a interrupção do funcionamento do sistema desde quarta (4). Nesta quinta (4), agentes da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) vão retornar ao local. A Cedae, responsável pela operação da Estação de Tratamento de Água (ETA) Imunana-Laranjal, em São Gonçalo, paralisou seu funcionamento ao identificar a alteração da qualidade da água bruta. Testes apontaram a presença de tolueno. Enquanto os policiais investigam o caso, enquanto a operação do sistema segue paralisada, sem previsão de retorno. Imunana-Laranjal abastece Niterói, São Gonçalo, Itaboraí (água bruta), Maricá (distritos de Inoã e Itaipuaçu) e Ilha de Paquetá, no Rio, e impacta cerca de 2 milhões de pessoas.

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Segundo o diretor de Saneamento e grandes operações da Cedae, Daniel Okumura, ainda não foi possível identificar a origem do despejo do tolueno, substância usada na indústria em diferentes produtos. Trata-se de um líquido incolor com odor aromático. Na forma pura, contém traços de benzeno como impureza. Níveis elevados podem causar perda de concentração, cansaço, perda de apetite e alterações na visão, audição e olfato, sintomas que desaparecem, cessada a exposição. Em casos de exposição mais grave, pode causar total perda de olfato, da audição, convulsões, sufocamento e parada cardiorrespiratória.

“Normalmente quando nós detectamos alguma alteração na qualidade da água que chega na estação, imediatamente nós acionamos o nosso plano de contingência, que diz para nós paralisarmos a estação. Uma vez paralisada, nós fazemos a coleta, enviamos para os nossos laboratórios que fazem a análise. Uma vez analisado, detectamos esse composto orgânico que é o tolueno em concentrações elevadas e assim nós começamos a monitorar esse composto e acionamos os órgãos que são responsáveis para fiscalizar, que são o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a Delegacia de Polícia de Meio Ambiente”, explicou Okumura, em entrevista ao “Bom Dia Rio”, da TV Globo.

O diretor da Cedae disse que os órgãos competentes já foram acionados e trabalham para tentar identificar a fonte de despejo da substância. Além do acompanhamento do Inea, a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) também foi acionada. Em nota, a Polícia Civil afirmou que após o registro “imediatamente enviou uma equipe ao local de captação de água para colher informações. A investigação está em andamento”. “No momento não existem suspeitas, existe, sim, o fato que é o tolueno presente na água, e os órgãos responsáveis estão atuando em campo para verificar quais são as possíveis fontes dessa substância que tem chegado na estação”, acrescentou Okumura.

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A operação foi interrompida às 5h59 de quarta (3). Com isso, as concessionárias Águas de Niterói e Águas do Rio, responsáveis pela distribuição de água em Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá (distritos de Inoã e Itaipuaçu) e Ilha de Paquetá, no Rio, pedem que a população economize água.

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