Inverno de novo: após recorde de calor no mês, temperatura vai ‘desabar’
Pré-frontal leva termômetros 37ºC nesta quinta (13), antes da chegada de frente fria, que deve baixá-los em até 10 graus
Às vésperas da chegada de uma frente fria, em pleno inverno o Rio estava à beira dos 40 graus: a temperatura passou dos 37 graus em alguns bairros nesta quinta (13). Em Irajá, os termômetros chegaram a marcar 37,2 graus. Segundo o Centro de Operações da Prefeitura do Rio (COR), foi o dia mais quente do mês de julho desde o início das medições das estações automáticas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) no Rio, em 2002. E a umidade atingiu nível alarmante: 14%. O responsável por este bafo quente é um fenômeno meteorológico chamado de pré-frontal. Com a aproximação da frente fria e de um ciclone extratropical, os ventos de Norte (quentes e secos) se intensificam. “Essa característica é chamada de calor pré-frontal, que pode acontecer um ou dois dias antes da frente fria”, explicou ao Globo Raque Franco, meteorologista chefe do Sistema Alerta Rio. Nesta sexta (14), a estação mais fria do ano voltou a dar as caras na cidade. A previsão é de que a temperatura caia até 10 graus.
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Com o deslocamento do ciclone extratropical pelo oceano, ventos fortes foram registrados em vários pontos da cidade na manhã desta quinta (13). Na Ilha do Governador, por exemplo, a velocidade dos ventos chegou a 64,8 km/h no Aeroporto do Galeão. A ventania causou problemas na rede elétrica da Light, interrompendo o fornecimento de energia em bairros da Zona Oeste e em alguns pontos da Baixada Fluminense. A Secretaria estadual de Energia e Economia do Mar chegou a emitir um alerta para que as concessionárias de energia que atuam no estado para ativassem seus planos de contingências devido à passagem da frente fria. Ainda são esperadas rajadas de vento fortes, de até 76 km/h, até a tarde desta sexta (14).
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Com tempo seco e quente, o estado do Rio registrou mais de 500 focos de incêndio em vegetação só nesta quinta (13). Não há informação sobre feridos. Segundo a corporação, o período sem chuva, que vai até o mês de outubro, aumenta muito a incidência de incêndios florestais. O tempo seco e quente e sem chuvas favorece a propagação do fogo e coloca o meio ambiente e a vida selvagem em risco.