Incêndio em fábrica de fantasias: duas pacientes recebem alta médica
Costureiras estiveram em estado grave na CTI devido à inalação da fumaça

Duas vítimas do incêndio que atingiu a fábrica de fantasias Maximus Confecções no dia 12 de fevereiro, em Ramos, na Zona Norte, receberam alta nesta terça (25). As profissionais, que estavam internados há 13 dias no Hospital Estadual Getúlio Vargas, passaram vários dias na UTI, em estado grave, devido à intoxicação por fumaça. Outros cinco pacientes seguem internados e estáveis.
+ Por que o rapper Oruam foi novamente detido pela polícia
Moradora de Bangu, na Zona Oeste, Kitimá Rege, de 48 anos, tinha apenas três dias de trabalho quando ocorreu o incêndio. “Tinha acabado de acordar e estava tomando banho quando ouvi os gritos de fogo”, lembra. A cuidadora de idosos, que estava trabalhando no local como costureira, ficou no CTI em estado grave. “Não tinha noção do meu estado de saúde até conversar com a minha mãe. Tudo que mais desejo agora é ver o rostinho da minha neta”, disse Kitimá.
Segundo o diretor do HEGV, Paulo Ricardo Costa, a broncoscopia foi primordial para salvar os pacientes, que consiste em uma lavagem das vias respiratórias para limpar os pulmões.
Luciana de Medeiros Oliveira, de 52 anos, costureira e moradora de Duque de Caxias, casada e com uma filha, estava no terceiro andar quando o incêndio começou. “Ouvi muitos gritos e vi tudo coberto de fumaça. Saí pela janela e fraturei a minha perna”, contou Luciana, que estava usando um gesso, mas não precisou de cirurgia ortopédica.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
O Ministério Público do Trabalho no Rio está investigando as condições de trabalho na fábrica. As causas do incêndio ainda estão sendo investigadas, e a polícia apura se havia “gatos” de energia no local. Uma das vítimas, Rodrigo de Oliveira, não resistiu aos ferimentos e faleceu no HEGV, no dia 16 de fevereiro.