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Novo vídeo mostra que ator Victor Meyniel levou 42 socos em 37 segundos

Imagens obtidas pelo 'Fantástico', da TV Globo, ajudam a reconstituir o que aconteceu desde o encontro com Yuri Alexandre em uma boate

Por Paula Autran
11 set 2023, 13h44
ator Victor Meyniel presta depoimento
Victor Meyniel: "Não rolou nenhum tipo de conversa comigo de que eu estava sendo, na visão deles, inconveniente. Jamais" (TV Globo/Reprodução)
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O ator Victor Meyniel levou 42 socos em 37 segundos ao ser espancado pelo estudante de medicina Yuri de Moura Alexandre na portaria do prédio dele, em Copacabana, no último dia 2. Imagens de câmeras de segurança de uma boate no mesmo bairro e de outra câmera do edifício obtidas pelo “Fantástico”, da TV Globo, ajudam a reconstituir a sequência de acontecimentos que culminou na agressão.

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As câmeras de segurança da boate mostram Victor e Yuri do lado de fora, onde começam a conversar. Victor contou ao “Fantástico” que não conhecia o futuro agressor, que o convidou para ir até a casa dele para beber um vinho. Prints do celular da médica Karina de Assis Carvalho, que divide o apartamento com o estudante de medicina há dois meses e não estava em casa, mostram que às 5h12 da manhã Yuri tenta fazer uma chamada de vídeo para a amiga, mas ela não atende. Ele, então, envia uma foto do ator e avisa que abriu uma garrafa de vinho da médica, mas que iria recompensá-la. pois estava com um famoso em casa. “Ela chegou por volta das 7h30 mais ou menos do plantão e ficou um clima completamente desconfortável. Ele ficou frio, completamente frio, distante. eles começaram a se desentender entre eles, pois a porta estava destrancada e ele tinha aberto um vinho dela. Então eu comecei a me sentir nervoso, acuado e comecei a quebrar o gelo porque eu sou assim, eu tenho essa personalidade”, contou Victor, na entrevista.

Imagens do elevador do prédio mostram que Yuri sai do apartamento e vai para academia, retornando em pouco mais de três minutos. Nesse intervalo, Karina havia mandado várias mensagens reclamando de Victor e pedindo para o amigo voltar. Em depoimento à polícia, ela afirmou que Victor teve um comportamento debochado e a chamou de esquisita e chata. A médica disse também que Victor teria entrado diversas vezes sem bater na porta do quarto dela e, em uma delas, trazendo um prato de estrogonofe, ele teria a visto nua depois do banho, o que Victor nega. “Bati na porta, oferecia um prato de comida a ela, conversei com ela. Perguntei do signo dela, brincando. Quando ele subiu, ele já numa agressividade, nossa, bizarra! Me colocou para fora do apartamento. Me expulsou, e me empurrou, eu caí, eu caí no corredor e eu comecei a ficar tentando entender na minha cabeça o porquê daquela situação, daquele ato agressivo. Não rolou nenhum tipo de conversa comigo de que eu estava sendo na visão deles, inconveniente, jamais. Tanto é que quando ele me empurra do apartamento, em vez de só pedir gentilmente, civilizadamente, ele me empurra, eu bato na porta, desesperado, por causa do meu sapato, começo a chorar e aí ele taca o sapato em mim. Ele está com o sapato e eu escuto ela de fundo, falar assim: calma, não é pra tanto, não precisa desse ato, não é pra tanto”, diz Bruno.

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A câmera do elevador mostra que Victor e Yuri discutiram por um 1m15 no andar, com a porta aberta, até que Yuri puxa o ator e o empurra para dentro. Nesse momento, ele bate com a cabeça no espelho do elevador, tenta abrir a porta e segue falando pela janelinha por mais um minuto. Na versão de Karina à polícia, Victor teria ameaçado Yuri, o que ele nega veementemente. Imagens de outra câmera do prédio mostram que quando o elevador chegou no térreo, a porta emperrou e Victor ficou preso. O porteiro foi abrir e Yuri, que havia descido pelo outro elevador, chegou. Na portaria, os dois seguem discutindo por mais quatro minutos, a maior parte do tempo na frente do porteiro. Quando Yuri dá o primeiro soco, espanca Victor por 37 segundos. Segundo Victor, o espancamento tem início quando ele pergunta se tinha feito aquilo porque não era gay assumido. “Ele: viadinho é você, eu não sou”, narrou o ator. Como mostram as imagens já divulgadas, o porteiro Gilmar José Agostini só presta socorro dois minutos depois, o que o levou a ser autuado por omissão de socorro.

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Em nota, o advogado de defesa do agressor, o criminalista Lucas Oliveira, disse que a identidade sexual do cliente jamais foi ocultada, referindo-se ao fato de Yuri já ter sido casado com uma pessoa do mesmo sexo. Quanto à acusação de lesão corporal, a nota do advogado não nega agressão, mas diz que “há nos autos do processo exame de corpo de delito realizado por perito oficial que prova que as lesões não geraram incapacidade, perigo de vida ou debilidade permanente”.

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