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Refúgios da biodiversidade, Ilhas Cagarras sofrem com acúmulo de lixo

Microplásticos no mar constituem um problema que afeta toda a cadeia alimentar, com riscos para a saúde das pessoas

Por Redação
3 jun 2024, 19h28
Cagarras: ponto de interesse ecológico ameaçado pelos plásticos no mar (Athila Bertoncini/Ilhas do Rio/Reprodução)
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Em expedição na região costeira da cidade, pesquisadores da Universidade Federal do Estado do Rio (UniRio), constataram, em parceria com o Instituto Mar Urbano, uma enorme quantidade de resíduos plásticos nas Ilhas Cagarras, local considerado por organizações ecológicas como ponto de biodiversidade e abrigo de espécies ameaçadas de extinção.

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Plástico e microplástico foram encontrados sem ter a exata origem detectada pelos cientistas, que desde 2019 coletam amostras em praias do Rio. Altas concentrações de microplástico foram encontradas em quase todas as praias na orla da Zona Sul, mas as Cagarras ainda eram consideradas um ponto seguro. Os microplásticos são pedaços de plástico com menos de 5 milímetros, difíceis de enxergar a olho nu, que podem já ter esse tamanho ou serem fruto da degradação de um objeto maior.

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Os fragmentos são coletados na superfície da água, mas o problema também se acumula no fundo do mar, onde é confundido com alimento por muitas espécies. Animais marinhos morrem ao se alimentar de plástico, ou são contaminados, afetando toda a cadeia alimentar e a saúde das pessoas a longo prazo, com a liberação de compostos químicos venenosos como o bisfenol e o BPA, associados a problemas como infertilidade, obesidade desenvolvimento neural.

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Os pesquisadores também identificaram pedaços de plástico no interior de espécies como o ouriço-do-mar e o mexilhão perna perna, comumente usados para consumo pelas pessoas. Foram encontrados ouriços, inclusive, que usavam sacos plásticos como proteção. O monitoramento também foi feito junto a pescadores artesanais, que coletaram 34,12 quilos de resíduos sólidos nas proximidades das Cagarras, com os plásticos representando quase 80% desse total. Além de garrafas PET, sacolas e descartáveis, em uma das idas ao mar a rede de um pescador recolheu objetos como absorvente, fralda e até gilete. Segundo pescadores, as ressacas e correntes levam o lixo da areia para o mar.

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