Caso Igor Melo: estudante é confundido com ladrão e baleado por PM na Penha

Universitário de 32 anos foi ferido por PM da reserva, quando saía do bar onde trabalha como garçom, numa moto por aplicativo; ele está em estado grave

Por Da Redação
25 fev 2025, 12h46
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Igor Melo de Carvalho: estudante cursa publicidade e propaganda na Faculdade Celso Lisboa, onde também trabalha no setor administrativo, além de fazer bico como garçom (Redes sociais/Reprodução)
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O estudante universitário Igor Melo de Carvalho, de 32 anos, foi baleado após ser confundido como assaltante na madrugada desta segunda (24), no Viaduto João XXIII, na Penha, na Zona Norte. Ele estava na garupa de uma moto de aplicativo quando o policial militar da reserva Carlos Alberto de Jesus atirou, após sua mulher apontar o condutor do veículo como o assaltante que teria roubado o celular dela horas antes. O PM aposentado, que responderá a investigação e inquérito da Corregedoria, está sendo interrogado pela polícia civil na tarde desta segunda (24). Ele ainda não se manifestou sobre o ocorrido.

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Os parentes dizem que Igor foi atingido pelas costas, passou por uma cirurgia, perdeu um rim e está com o seu estômago e intestino bastante afetados. Ele segue internado no Hospital Getúlio Vargas, sob custódia da PM, após pedido da 22° DP (Penha), que investiga o caso. A direção da unidade informou que o estado de saúde do paciente é grave. Parentes da vítima afirmam que Igor – que cursa publicidade e propaganda na Faculdade Celso Lisboa, onde também trabalha no setor administrativo – está sendo acusado de um assalto que não cometeu. Segundo eles, o rapaz solicitou uma moto por aplicativo para voltar da casa de samba Batuq, onde faz bico de garçom nos finais de semana, para casa. O trajeto era da Rua Belizário Pena, na Penha, onde fica o estabelecimento, até o bairro do Turiaçu, onde ele mora. No caminho, Igor teria percebido que um veículo seguia a motocicleta. Minutos depois ouviu disparos e caiu da moto. Segundo a família, percebendo estar ferido, ele conseguiu ligar para colegas de trabalho, que foram até o local e o socorreram. A mulher que inicialmente acusou Igor ter participado do assalto, voltou atrás e afirmou que o estudante não estava presente no crime.

“Igor é trabalhador, sonhador. Ele quer ser jornalista esportivo, porque ama o Botafogo. Ele trabalha em três empregos: é inspetor da Celso Lisboa e para complementar a renda, assim como boa parte dos brasileiros, trabalha aos finais de semana como garçom e também é ambulante no carnaval. Ele sempre quis dar o máximo conformo para gente”, contou à TV Globo Marina Moura, mulher de Igor. “Está acontecendo uma injustiça e um racismo. A bala atinge sempre um corpo preto”, completou.

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O condutor da moto de aplicativo, Thiago Marques Gonçalves, acusado pela suposta vítima de ter praticado o assalto, foi detido, o que também revoltou parentes do motociclista. Thiago Marques Gonçalves não tem passagens pela polícia e nunca teve envolvimento com o tráfico.

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