O pesadelo Hurb: no Rio, mais de 12000 pessoas esperam resultados de ações
Os processos representam quase R$ 4 milhões em indenizações. A empresa, no entanto, não cumpre as decisões judiciais
A dor de cabeça de dezenas de milhares de brasileiros parece não ter fim…
O Fantástico do último domingo (4) mostrou o drama de quem comprou pacotes de viagens pelo Hurb – antigo Hotel Urbano – e levou calote da empresa, não podendo embarcar e tampouco receber o dinheiro de volta.
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O Hurb – antigo Hotel Urbano – ganhou fama graças aos preços baixíssimo praticados em pacotes de viagem, tanto nacionais quanto internacionais. Muitos já estão na Justiça, mas a empresa não cumpre as determinações judiciais.
Em junho, o Segundo Juizado Especial Cível da Barra da Tijuca mandou encerrar mais de 400 ações contra o Hurb, já que a empresa não pagava as condenações. Os processos representavam quase R$ 4 milhões em indenizações. O Hurb responde hoje a mais de 100 000 ações judiciais. Só no Rio, são mais de 12 000.
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Para o advogado Eduardo Gasiglia, entrevistado pela TV Globo, a ordem de penhora dos bens da empresa foi a única maneira de fazer com que o Hurb pagasse algumas das condenações.”Para essa empresa não perder computador, mesa, cadeira, eles acabam pagando nos processos. A gente tem visto nos processos que eles têm dinheiro. Então é uma coisa que a gente está conseguindo fazer, em poucos casos”, ressaltou o defensor.
E o pior: a empresa continua operando e vendendo pacotes na internet, já que a falência não foi decretada.
A história chegou à Secretaria Nacional do Consumidor, órgão do Ministério da Justiça, que considera o caso sem precedentes e tenta negociar com a empresa a criação de uma ferramenta na qual os consumidores lesados possam se cadastrar e escolher se desejam reembolso ou remarcação da viagem.
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Em nota, a Hurb disse que a plataforma proposta para fazer a negociação com os clientes credores deve entrar oficialmente em vigor em outubro e que “não está sem recursos”. A empresa não respondeu, no entanto, por que descumpre decisões judiciais e não paga as indenizações quando condenada.