De papel passado: Parque do Martelo terá escritura pública poética
'Documento' coletivo faz parte da exposição Humaitopia, da colagista Maria Haddock, que acontece na Galeria Jaqueira
Vinte anos depois que a prefeitura do Rio concedeu à Associação de Moradores do Alto Humaitá permissão de uso do terreno no fim da Rua Miguel Pereira — pertencente até então a uma construtora que pretendia erguer um condomínio —, a área de 16 000 metros quadrados denominada Parque do Martelo vai ganhar uma escritura. A declaração coletiva será “emitida” pela colagista e colecionadora de papéis Maria Haddock, que se considera uma artista-tabeliã.
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“Minhas colagens são documentos utópicos, pois se propõem a registrar desejos e inventar mundos”, explica ela, que encerrará, com a colaboração dos visitantes, sua primeira mostra individual, Humaitopia, parte da agenda paralela da ArtRio2025, na Galeria da Jaqueira, dentro do parque. É que nesse registro final serão usadas memórias em papel – vale até embalagem de bala – depositadas numa caixa por quem for prestigiar a exposição.
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“É tudo bem analógico. Criamos um cartório imaginário, com carimbos e outros objetos que muitas crianças nem conhecem”, conta a artista, moradora do bairro há 15 anos, que reúne vinte documentos poéticos sobre a vizinhança. Ela mesma batizou de Praça da Onda um pequeno largo nos arredores, pintando ondulações azuis em um canteiro e incluindo na placa de trânsito oficial ali fincada a indicação do local. “O poder público foi muitogentil em deixá-la uma semana por lá”, lembra.
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