O que se sabe sobre caso de homem executado a tiros na Barra
Motorista de aplicativo, André Luís Brasil Gomes foi morto à luz do dia bem próximo ao local em que foi atacado o bicheiro Vinicius Drummond, há um mês

A polícia investiga a execução de André Luis Brasil Gomes, de 49 anos, atacado na tarde desta terça (12) após estacionar seu carro na Rua Carlos Oswald, na Barra, próximo ao local em que o bicheiro Vinicius Drummond sofreu uma tentativa de execução, também em plena luz do dia, no dia 11 de julho. Segundo testemunhas, André Luís, que era motorista de aplicativo, foi morto por dois homens sem capuz, que estavam num Fiat Pulse, emparelharam os veículos e efetuaram os disparos.
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De acordo com as investigações, André Luís chegou à rua por volta das 14h, quando estacionou o carro, um Creta branco, e comprou uma quentinha com ambulantes. Ele retornou ao veículo e, aparentemente, estava descansando quando foi assassinado, já que o banco do motorista estava inclinado para trás. A embalagem da refeição estava no assento do carona. Um funcionário de um prédio em frente ao local do crime, que não quis se identificar, disse ao jornal O Globo que filmagens de câmeras de segurança mostraram que os criminosos estariam seguindo a vítima. “A gente viu que os carros aparecem nas gravações às 13h53, dava para ver que ele estava sendo seguido. Eles pararam aqui na rua, afastados, e os tiros começaram às 14h21. Levamos um susto, até nos jogamos no chão quando ouvimos o primeiro disparo. Aqui é tão calmo, 20 anos que trabalho aqui e nunca vi isso acontecer”, contou ele. O carro da vítima ficou com o para-brisas com várias marcas de tiros após o ataque.
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A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) investiga o crime, mas ainda não sabe qual seria a motivação. Até o momento, os investigadores não encontraram qualquer ligação de André Luiz, que não tinha antecedentes criminais, com o jogo do bicho. Uma das hipóteses é que ele tenha sido confundido com a pessoa que os criminosos pretendiam matar. Com ele, os policiais encontraram objetos pessoais, como chaves e o celular, que, inclusive, estava ligado em um aplicativo de corridas. Ao Globo, a ex-mulher da vítima contou que ele estava em dificuldade financeira — em 2016, chegou a interromper o pagamento da escola do filho, hoje com 17 anos, e não conseguiu quitar a dívida. O caso foi parar na Justiça. Além dele, André cuidava de uma filha de criação de 25 anos.