Los Estranhos
Histórias e curiosidades da banda Los Hermanos, que a partir do dia 24 toca na Fundição. Só não dá para saber se haverá mais shows depois dessa turnê
Serão seis noites de êxtase na Fundição Progresso. Mas, passada a euforia, os fãs cariocas não fazem a mínima ideia do que pode vir a acontecer. Talvez o pior: o grupo acabar de vez. Ou não. Na verdade, nem o empresário da trupe tem a resposta. “Ninguém sabe o que vai rolar”, diz Simon Fuller, que está à frente do conjunto Los Hermanos desde 2001 e, por isso mesmo, conhece como poucos o ego, as ideias e os ideais de Marcelo Camelo e Rodrigo Amarante, seus principais compositores. Hoje o primeiro passa parte do tempo envolvido com sua mulher, a cantora Mallu Magalhães. Participa de seus shows e produz discos com ela. O segundo se mandou para mais longe ainda: reside em Los Angeles, nos Estados Unidos. Assim é difícil, mesmo, manter uma banda na ativa.
Foi a vontade de seguir carreiras paralelas que detonou, em 2007, o processo de separação dos rapazes. Nenhum deles falava em “fim” – a palavra de ordem era “recesso”. Mas a verdade é que a temporada na Fundição, em junho daquele ano, seria (fora shows esporádicos) realmente a última no Rio. De lá para cá, de certa forma eles passaram a ser estranhos à cidade onde nasceram e se firmaram. E só agora voltam a fazer uma turnê por aqui (detalhes na pág. 106), após tocarem em capitais como Belém e Porto Alegre.
Desde que estourou em 1999 com Anna Julia, o grupo vem sendo alvo de amores e ódios. Os simpatizantes se renovam: 70% do público dos atuais espetáculos jamais havia visto os ídolos ao vivo. Mas, enquanto adolescentes gritam como loucos na primeira fila, parte dos adultos dá de ombros para aquele rock melódico e melancólico que forma a base dos CDs. Los Hermanos não é, como se vê, uma banda simples de entender ou explicar. Não se propondo a decifrar a esfinge por completo, VEJA RIO reuniu sete curiosidades que dão molho a essa trajetória cheia de sucessos, polêmicas e uma certa dose de excentricidades.
[—FI—]