Em guinada sustentável, aterro sanitário vira usina de energia solar

Solário Carioca, em Santa Cruz, vai gerar pelo menos 2 milhões de reais de economia por ano ao Rio; 45 escolas ou 15 UPAs serão beneficiadas

Por Da Redação
14 jul 2023, 16h15

Solário Carioca vai gerar pelo menos R$ 2 milhões de economia por ano para o Município com uso de energia limpa em imóveis da Prefeitura — Solário Carioca: projeto pode gerar pelo menos 2 milhões de reais de economia por ano para o município. (Prefeitura do Rio de Janeiro/Divulgação)

O Consórcio Rio Solar venceu a licitação da Parceria Público-Privada (PPP) do Solário Carioca – projeto de instalação de usina fotovoltaica em Santa Cruz. Com o lance de 20,5% de desconto sobre a tarifa vigente da Light, o grupo garantiu a vitória sobre a empresa concorrente. A fazenda de energia solar ocupará terreno de antigo aterro sanitário que havia no local, hoje desativado, e abastecerá imóveis públicos gerando economia anual de pelo menos 2 milhões reais para o município, segundo a prefeitura do Rio. A estimativa é que a energia gerada abasteça cerca de 45 escolas municipais ou 15 Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

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O investimento privado será de 45 milhões de reais em período de 25 anos. A Usina Solar Fotovoltaica (USF) funcionará no modelo de Minigeração Distribuída de energia limpa e terá potência de 5 megawatts (MW). Serão mais de 11 mil painéis que devem ser instalados em um ano após assinatura do contrato – prevista para agosto. A prefeitura já mapeou ao menos mais quatro outras áreas para implantação de novas usinas fotovoltaicas do tipo na cidade.

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“É um projeto em que o município ganha em diversas frentes: primeiro, pela produção e utilização de energia limpa e renovável pela prefeitura; depois, pela redução de custos significativa, viabilizando direcionar estes recursos poupados para outras políticas públicas; e finalmente, por dar uma destinação sustentável a um antigo aterro sanitário, um terreno inutilizado pelo uso anterior”, disse o diretor de estruturação de projetos da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), Lucas Costa, para quem o projeto é um novo marco na transição energética da cidade. “Avançamos em mais uma etapa deste projeto, que está previsto no nosso Plano de Desenvolvimento Sustentável e Ação Climática (PDS) e no Plano Estratégico 2021-2024“, destaca o subsecretário de Planejamento e Acompanhamento de Resultados da Secretaria municipal de Fazenda e Planejamento, Jean Caris. O projeto foi estruturado em parceria com o grupo C40 cities e a agência alemã GIZ pelo programa CFF – Cities Finance Facility. A expectativa é retirar pelo menos 40 mil toneladas de carbono por ano da atmosfera com a implantação do Solário Carioca.