Governo quer retomar a primeira ferrovia do país, ligando Rio a Petrópolis
Tombada pelo Iphan, via está sem uso operacional desde os anos 60; projeto beneficiaria 600 mil pessoas por ano e abriria novos caminhos para o turismo
Primeira via férrea do Brasil, a Estrada de Ferro Petrópolis pode voltar aos trilhos. A Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) está desenvolvendo um estudo de viabilidade técnica e financeira para reconstruir a via. A iniciativa tem como objetivo oferecer uma nova alternativa de mobilidade para a Região Serrana, além de incentivar o turismo. Segundo a Setram, a nova nova alternativa de mobilidade beneficiaria cerca de 600 mil pessoas que se deslocam para a serra todo ano. Elas ganhariam tempo e qualidade em seus deslocamentos.
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Tombada pelo Iphan como patrimônio histórico, a estrada de ferro está sem uso operacional desde os anos 1960. Seu primeiro trecho foi inaugurado em 1854, por D. Pedro II, ligando Porto Mauá (Guia de Pacobaíba) à Fragoso. Depois, foi estendida até o Alto da Serra de Petrópolis, passando pela Vila Inhomirim, em Magé.
A princípio, o que está em discussão pelos técnicos da secretaria é a ligação mais recente, entre Magé, na Baixada Fluminense, e Petrópolis, na Região Serrana. A intenção é que posteriormente o trajeto seja ampliado para ligar as estações Guia de Pacobaíba e Alto da Serra (Petrópolis). “Já percorri todo o trecho, junto à equipe técnica, e estamos buscando formas de viabilizar o projeto, que é muito positivo para as populações da Baixada e da Região Serrana. O mais importante é encontrar uma solução prática, que vai proporcionar deslocamentos mais rápidos e agradáveis para a população, além de atrair muitos visitantes”, disse o secretário de Transporte e Mobilidade Urbana, Washington Reis.
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O projeto tem o objetivo de reconstruir estações e recuperar a importância histórica do local, contribuindo para o desenvolvimento da região. O peso histórico do modal ferroviário, somado às belezas naturais do trajeto, também poderá poderá ser aproveitado para fins turísticos. A substituição dos atuais trens a diesel, conhecidos como “maria-fumaça”, pelos modernos VLTs também está sendo estudada. As intervenções previstas para a revitalização da ferrovia incluem a reconstrução dos trilhos, terraplanagem do leito da ferrovia e instalação de sinalização ferroviária, entre outras benfeitorias.