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Governo do Rio muda sistema do bilhete único para evitar fraudes

Secretaria Estadual de Transportes pretende implementar o sistema de biometria e limitar uma das viagens de integração ao valor de até R$ 3,70

Por Agência Brasil
Atualizado em 5 dez 2016, 12h17 - Publicado em 31 mar 2015, 17h13
bilhete único
Bilhete único: sem aumento (Divulgação/Divulgação)
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O sistema de bilhete único do Rio de Janeiro sofrerá alterações a partir do próximo mês. A Secretaria Estadual de Transportes do Rio de Janeiro pretende implementar o sistema de biometria e limitar uma das viagens de integração ao valor de até R$ 3,70. Estas foram as principais medidas anunciadas pelo órgão para combater fraudes contra o sistema. A secretaria não informou o valor perdido pelo governo com essas fraudes.

Nos próximos dias, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, encaminhará à Assembleia Legislativa projeto de lei estabelecendo o controle biométrico para utilização do bilhete. Quando aprovado, o recadastramento será obrigatório para os usuários que continuarem usando o serviço. A proposta é que todos os validadores tenham a verificação da impressão digital dos passageiros.

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Sobre os possíveis problemas dos aparelhos de biometria, o secretario estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório, garantiu que os passageiros não serão prejudicados. “Existe tecnologia para implantarmos o sistema com segurança. Vamos testar e aprovar os aparelhos para garantir que a nova tecnologia não atrapalhe os usuários”, disse.

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O limite de uma das viagens em até R$ 3,70 será implantado a partir de maio. O valor permitirá que o usuário use uma passagem de longa distância e limite a outra a trecho de pequena e média distâncias, incluindo as tarifas do metrô, barcas, trens, ônibus intermunicipais de curta e média distância e ônibus municipais.

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Segundo Osório, a Setrans identificou casos de utilização de linhas intermunicipais de longa distância em sequência e com itinerários incompatíveis, o que aponta fraude. O secretário usou como exemplo um cartão validado na linha intermunicipal 127 C (Candelária-Magé), com tarifa de 9,50. Na sequência, o mesmo cartão fazia a integração com a linha intermunicipal 251 B (Candelária-Alcântara), com tarifa de 7,50.

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“Portanto, foram gastos R$ 17. Só de subsídio o estado, pagou R$ 11. Com a implantação do bloqueio, induziremos as integrações lógicas e eliminaremos as chances de fraude com a utilização do cartão em itinerários que não fazem sentido”, acrescentou Osório.

A partir de abril, a secretaria intensificará as operações de combate à fraude no Detro e na Polícia Civil. Quem for flagrado cometendo o crime poderá responder por estelionato, com pena de um a cinco anos de reclusão. A secretaria também criará a Controladoria-Geral do Bilhete Único, para acompanhar e fiscalizar operações de transferências de recursos do Fundo Estadual de Transportes para empresas concessionárias do serviço público de transporte de passageiros, bem como a regularidade da liquidação de operações financeiras resultantes dessas transferências.

O bilhete único está disponível em 20 municípios da região metropolitana do Rio. É um cartão com o qual o passageiro pode embarcar em até dois meios de transporte público (ônibus, metrô, trens, barcas e vans regularizadas), no intervalo de três horas, pagando apenas uma tarifa de R$ 5,25.

A economia do passageiro é repassada às empresas de ônibus na forma de subsídio. Caso seja usado transporte com tarifa inferior a R$ 5,25, o cartão debita apenas o valor da mais barata.

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