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GLO no Rio: Marinha vai atuar no porto com navio que detecta tiros

Força Armada colabora com 120 equipamentos de transporte e suporte bélico em Operação da Garantia da Lei e Ordem iniciada segunda (6), com 1.900 militares

Por Da Redação
7 nov 2023, 13h15
Navio-patrulha Oceânico: usado pela Marinha em ações na África, tem um canhão MSI, duas metralhadoras M242 Bushmaster (espécie de canhão automático de 25mm que dispara balas de calibre .223), além de duas metralhadoras Browing (.50), capazes de derrubar um helicóptero (Marinha do Brasil/Divulgação)
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Um reforço de peso foi cedido pela Marinha do Brasil para atuar no Porto do Rio na operação de Garantia da Lei e Ordem (GLO), iniciada nesta segunda (6) no estado. O navio-patrulha Oceânico, que já partiu do Porto de Santos, em São Paulo, para cá pesa 2 mil toneladas e pode levar tripulação de até 125 homens. Medindo 103,4 metros de comprimento e 11,4 m de largura, a
embarcação que foi utilizada este ano nas operações no Golfo da Guiné, na África, possui radar de navegação de longo alcance e alça Optrônica, capaz de detectar a direção de tiros, integrado com câmera termográfica.

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Esse é um dos nove navios que a Marinha deixou à disposição para a operação, sendo um blindado utilizado pelo Brasil durante as ações no Haiti em 2005. No total, são 120 equipamentos de transporte e suporte bélico para a GLO, tanto no Rio e quanto em São Paulo. Entre eles, motos aquáticas, navios-patrulha com armamentos de padrão dos exércitos de países da Otan (organização político-militar regida por países europeus e americanos) utilizados em ações na África, além de ‘anfíbio’ de 20 toneladas para guincho de embarcações. A estrutura de fiscalização dos portos conta ainda com o apoio de tropas de fuzileiros navais (FN) em ações como revista de pessoal e repressão a delito. Para isso, a Marinha utilizará quatro lanchas blindadas.

Um dos destaques do navio-bélico Oceânico é seu poder bélico. De armamentos, o navio possui um canhão MSI, duas metralhadoras M242 Bushmaster (espécie de canhão automático de 25mm que dispara balas de calibre .223), padrão utilizado pelos exércitos dos países que compõem a Otan), além de duas metralhadoras Browing (.50), capazes de derrubar um helicóptero. Além disso, transporta até seis contêineres pesando 15 toneladas cada. E tem duas embarcações de casco semirrígido, um tipo Interceptor, além de enfermaria com dez leitos e sala de cirurgia.

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“Nossa operação será calcada na inteligência, que nos indicará onde temos que atuar. Podemos atuar ainda nas barcas se elas estiverem na área delimitada e recebermos alguma informação para operar”, disse ao jornal O Globo o vice-almirante Renato Ferreira, explicando que a atuação da Marinha na GLO não abrange a costa do Complexo da Maré, que beira a Baía de Guanabara. Segundo ele, a região em que os militares atuarão forma uma área que impossibilita o  cruzamento da baía sem passar pelo monitoramento.

A Marinha está empregando 1 .900 militares, além dos 120 meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais. Também participam da ação a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal e o Porto do Rio. A intenção é unir esforços para fortalecer o combate ao tráfico de drogas e armas, entre outros crimes. Representantes das instituições se reunirão periodicamente para traçar estratégias. O vice-almirante ainda destacou que os militares estão aptos e prontos para confronto com criminosos caso seja necessário. “O importante é saber a hora de usar a força total, a hora de usar ela controlada ou quando não precisa usar. É a repetição do patrulhamento que inibe qualquer tipo de ação”, acrescentou Ferreira.

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As missões de Garantia da Lei e da Ordem acontecem exclusivamente por ordem expressa da Presidência da República, quando há o esgotamento das forças tradicionais de segurança pública, como a Polícia Militar e a Polícia Civil, “em graves situações de perturbação da ordem”, segundo o Ministério da Defesa. Em geral, são decretadas quando os governos estaduais pedem ajuda ao governo. A medida em vigor abrange os portos de Itaguaí (RJ), Rio de Janeiro e Santos (SP). E os aeroportos de Guarulhos (SP) e Galeão (RJ) e vai até maio de 2024. Até lá, militares terão provisoriamente o poder de polícia nesses locais.

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