Girafas importadas pelo Bioparque do Rio devem retornar à Africa do Sul
Essa é a recomendação do MPF após avaliação do Ibama, agora responsável pelos animais, uma vez que não há locais adequados para abrigá-los
Mais um capítulo na história das girafas. O Ministério Público Federal (MPF) recomendou o retorno dos quinze animais que haviam sido importados da África do Sul pelo Bioparque do Rio. Do grupo de dezoito oriundos de lá, três morreram.
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Documentos relatam maus-tratos aos bichos e irregularidades no traslado. A decisão foi tomada após avaliação do Ibama de que nenhum zoológico ou parque brasileiro tem capacidade para receber todo este grupo. Ainda não se sabe, no entanto, para onde exatamente as girafas serão devolvidas. Até que o destino seja, de fato, definido, o grupo ficará a cargo do Ibama no galpão do resort em Mangaratiba.
Desembarcadas por aqui em 11 de novembro, as dezoito girafas ficaram cerca de um mês em um galpão para quarentena e período de adaptação, segundo os responsáveis. Em 14 de dezembro, portanto pouco mais de um mês depois, elas tomavam sol em uma área ao ar livre, quando seis atravessaram a cerca e fugiram. Recapturadas, três morreram horas depois.
A Polícia Federal fez uma operação no resort e relatou ter encontrado sinais de maus-tratos nos animais que seguem no local. À ocasião, um laudo assinado por veterinários contratados pelo Bioparque apontou a miopatia como causa da morte das três girafas, ou seja, uma condição que pode ser gerada por estresse. Desde a morte das três girafas, há mais de 40 dias, as outras quinze não deram voltinhas ao ar livre.
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O Ibama também vistoriou o local, em Mangaratiba. Em depoimento, um fiscal disse que o argumento da necessidade de adaptação não justifica o confinamento prolongado dos animais e que eles estavam sendo mantidos em baias sem sol e com área incompatível com o número de indivíduos.
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