Continua após publicidade

A vitória dos gêmeos Arthur e Bernardo, que nasceram ligados pela cabeça

Nove cirurgias que levaram à separação dos irmãos, de 4 anos, foram feitas no Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer; última operação durou 27 horas

Por Da Redação
Atualizado em 3 ago 2022, 14h13 - Publicado em 3 ago 2022, 12h55
Gêmeos presos pela cabeça são separados
Arthur e Bernardo: gêmeos presos pela cabeça são separados aos 4 anos e têm seis meses de reabilitação pela frente (./Divulgação)
Continua após publicidade

Após sete cirurgias parciais e duas totais realizadas nos últimos meses, os gêmeos Arthur e Bernardo, de 4 anos, finalmente puderam se ver. Nascidos presos pela parte superior da cabeça, cada um dos meninos estava voltado para um lado. Os irmãos foram operados no Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer (IEC), no Centro do Rio. Todo o tratamento médico foi custeado pelo SUS, e o médico cirurgião inglês Owase Jeelani, referência internacional neste tipo de operação, participou dos procedimentos. A equipe do neurocirurgião brasileiro Gabriel Mufarrej, chefe de cirurgia pediátrica do IEC agora é considerada referência na América Latina para cirurgias de separação de gêmeos unidos pela cabeça, e o instituto passa a ser parceiro da Fundação Gemini Untwined, que participou da cirurgia.

+ Quase rave: Rio prevê Réveillon com 11h de festa e muita queima de fogos

A operação foi descrita por Owase Jeelani como “coisa da era espacial”. Considerado um dos processos de separação mais complexos já concluídos pela Gemini Untwined, que Jeelani fundou em 2018, pela primeira vez num procedimento do tipo os cirurgiões em países diferentes usaram fones de ouvido e operaram juntos na mesma “sala de realidade virtual“. Só a última operação exigiu mais de 27 horas de trabalho de quase 100 médicos. Os irmãos, nasceram em Roraima e foram trazidos para o Rio de Janeiro para realizar o tratamento, compartilhavam 15% de cérebro e também uma veia que conduzia o sangue de retorno ao coração dos dois.

“É simplesmente maravilhoso. É realmente ótimo ver a anatomia e fazer a cirurgia antes de realmente colocar as crianças em risco”, disse Jeelani disse à agência de notícias PA, acrescentando que ficou “absolutamente exausto” após a última operação, durante a qual fez apenas quatro pausas de 15 minutos para se alimentar e hidratar, mas que foi “maravilhoso” ver a família se sentindo “nas nuvens” depois.

+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui

Continua após a publicidade

Bernardo e Arthur são os gêmeos craniópagos – ou seja, gêmeos com cérebro fundido – mais velhos a se separarem. De acordo com a Gemini Untwined, um em cada 60 mil nascimentos resulta em gêmeos siameses, e apenas 5% deles são craniópagos. Os gêmeos estão se recuperando bem no hospital e terão pela frente seis meses de reabilitação.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de 39,96/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.