Galeão em crise: Rio perde para Recife em número de conexões domésticas
Com rotas para 27 cidades, capital fluminense está em 5º lugar em ofertas de destinos domésticos; perda de conectividade afasta voos internacionais
Mesmo sendo um dos principais hubs (centros de distribuição) de voos e destino preferencial de turistas estrangeiros, a cidade do Rio fica num modesto quinto lugar na oferta de destinos domésticos no país. Com rotas para 27 cidades, a capital fluminense está atrás de São Paulo (57), Brasília (40), Belo Horizonte (39) e Recife (30), de acordo com dados do sistema OAG Analytics, que levam em conta as operações existentes tanto no Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, quanto no Santos Dumont. O esvaziamento do Galeão é apontado como o grande responsável pela perda de espaço na malha aérea brasileira.
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A perda de conectividade afeta o turismo, inibe o desenvolvimento econômico e reduz a oferta de voos internacionais. Para que eles se tornem atraentes para uma companhia aérea, estima-se que o ideal é que cerca de 30% dos passageiros possam seguir em conexão para outros destinos. No Galeão, esse percentual hoje é de apenas 4%. Para estimular a ampliação da malha aérea, o aeroporto recorre a descontos nas tarifas para linhas aéreas domésticas e internacionais. O QAV (querosene de avião), por exemplo, é vendido lá a preços mais competitivos, com redução de alíquota de ICMS, uma das mais baixas do Brasil. Medidas como esta ajudaram a atrair 13 novas companhias aéreas para o terminal desde o início da concessão, entre elas quatro low costs. Até o fim de 2023, a previsão é de que duas novas rotas internacionais sejam levadas para lá.
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As autoridades do Rio defendem que Santos Dumont e Galeão têm de ser geridos de forma coordenada, para evitar “canibalização” de voos de um pelo outro. Com base em dois estudos, a prefeitura defende que o Santos Dumont tenha capacidade para até 6 milhões de passageiros. Já o governo do estado, fala em 7,5 milhões a 8 milhões. “Os ganhos anuais com uma operação coordenada entre Galeão e Santos Dumont pode injetar até R$ 4,5 bilhões por ano ao PIB do estado, segundo estudo da Firjan já apresentado ao poder público”, afirma Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
izar mais 32 posições de estacionamento.