Continua após publicidade

De olho no G20, governo recebe plano de ação para reduzir lixo nos oceanos

Cerca de 80 toneladas de resíduos são depositadas diariamente na Baía de Guanabara, incluindo lixo doméstico, hospitalar e industrial

Por Marcela Capobianco
23 Maio 2024, 16h00
Salve a baía: projeto de recuperação será apresentado a líderes globais
Salve a baía: projeto de recuperação será apresentado a líderes globais (Alexandre Macieira/Riotur)
Continua após publicidade

Arregaçando as mangas para transformar o enfrentamento ao lixo no mar em políticas públicas estaduais, nos últimos dois anos a Rede Oceano Limpo mobilizou atores, articulou propostas e reuniu informações acerca do cenário de poluição do oceano, urgente, diga-se, para elaborar o documento Recomendações para a Estratégia Estadual de Enfrentamento ao Lixo no Mar no Rio de Janeiro, entregue ao governo do estado.

+ Com nova estrutura na Praia do Pepê, associação de windsurf quer conquistar adeptos

O material é o primeiro do gênero, traz de forma sistematizada orientações de ações para o enfrentamento ao lixo no mar no Rio de Janeiro e o timing casa perfeitamente com as discussões pré-G20 e o engajamento do governo no tema. O projeto de recuperação da Baía de Guanabara será apresentado a líderes globais.

“É um passo importante que estamos construindo no Rio de Janeiro em benefício do oceano e dos serviços prestados à humanidade”, diz Jemilli Viaggi, gestora da Rede Oceano Limpo-RJ e uma das autoras do documento.

+ O G20 já começou! Sede da cúpula, Rio recupera protagonismo internacional

Dividido em seis eixos temáticos (ações de ciência, tecnologia e inovação; ações de fomento/financiamento; ações de capacitação; ações de combate ao lixo no mar; ações de monitoramento e avaliação; e ações de educação ambiental e comunicação) , o plano contém sugestões e exemplos de iniciativas, que perpassam desde educação ambiental e capacitação técnica até os meios de disposição final dos resíduos.

O documento destaca, por exemplo, programas e iniciativas não só de realização de um diagnóstico mais amplo do problema como de fomento ao desenvolvimento de novas tecnologias e metodologias para o combate ao lixo ao mar.

Continua após a publicidade

Outra sugestão é a elaboração de um sistema único de informações, que inclua o uso de imagens de satélite e a interpretação automatizada de dados para identificação de áreas com concentração significativa de lixo.

Já em relação às ações de fomento e financiamento, o texto aponta como estratégia a captação de recursos através de parcerias público-privado, subsídios governamentais e doações filantrópicas.

+ Mercado futuro: aposta é que nova bolsa de valores do Rio opere em 2025

O documento também propõe a promoção de fundos estratégicos e a implementação de mecanismos financeiros para empresas, como impostos sobre sacolas plásticas, depósitos para entrega de garrafas; políticas de incentivos destinados ao setor privado que promovam a economia circular; e um programa de incentivo direcionado para boas práticas em gestão de resíduos (ex. selo de certificação).

Além disso, o texto sugere o desenvolvimento de mecanismos de financiamento com base no princípio do poluidor-pagador e protetor-recebedor, isto é, penalizar e taxar quem polui e recompensar indivíduos e instituições que realizam serviços ambientais, como o recolhimento seguro e destinação de resíduos advindos de compartimentos costeiros e marinhos (ex. lixo em praias, petrechos de pesca abandonados, perdidos ou descartados).

O documento completo Recomendações para a Estratégia Estadual de Enfrentamento ao Lixo no Mar no Rio De Janeiro está disponível gratuitamente no site da Rede Oceano Limpo.

Continua após a publicidade

+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui

Com mais de 16 milhões de habitantes distribuídos em 92 municípios e uma extensão costeira de 1160 quilômetros, o estado do Rio de Janeiro produz cerca de 17000 toneladas de lixo por dia, com apenas 3% destinadas à reciclagem, de acordo com dados do Plano Estadual de Resíduos Sólidos (PERS/RJ).

Cerca de 80 toneladas de resíduos são depositadas diariamente na Baía de Guanabara, incluindo lixo doméstico, hospitalar e industrial.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

a partir de 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.