Funcionários do BRT pensam em cruzar os braços durante o Carnaval. Entenda
Sindicato dos Rodoviários pede a mediação do Ministério Público do Trabalho para resolver problemas e orienta que trabalhadores não cruzem os braços antes disto

A insatisfação de rodoviários e funcionários que trabalham no BRT ameaça atravessar o Carnaval dos cariocas que depedem deste sistema de transporte. Eles denunciam supostos abusos cometidos pela empresa Mobi-Rio, que opera os ônibus articulados, como excesso de jornada de trabalho, assédio moral, constrangimento ilegal e abuso de poder. Segundo o portal Tempo Real, a categoria debate a realização de uma paralisação, ainda o período carnavalesco. Mas o Sindicato dos Rodoviários pede a mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT) e orienta que os trabalhadores não cruzem os braços antes disto.
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“Para se ter uma ideia, a Mobi-Rio, empresa que administra o BRT, já realizou 70 homologações para dispensa de motoristas; só que eles esqueceram que acima de 10 homologações é necessário a realização de um acordo coletivo. Por isso pedimos a presença do MPT para que esse imbróglio termine”, disse ao portal o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Sebastião José. Segundo ele, desde o ano passado a entidade vem recebendo denúncias da categoria sobre as possíveis irregularidades cometidas pela empresa. “Estamos conversando com os motoristas que atuam no BRT para aguardarem uma posição do sindicato e não tomarem nenhuma posição drástica, como uma possível paralisação durante o carnaval”, emendou, acrescentando que esperar que o prefeito Eduardo Paes tome providências para evitar que os usuários sejam prejudicados.
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O presidente do sindicato ainda afirma que reuniões, através de videoconferência, chegaram a acontecer entre as lideranças e a empresa no dia 21 de novembro e outra no dia 5 de dezembro. Segundo o presidente, a empresa se comprometeu de enviar os documentos solicitados pelo sindicato “provando que ela não age de má fé com os trabalhadores”, mas até agora nada foi encaminhado.
Procurada pelo portal, a Mobi-Rio disse em nota que mantém os canais de comunicação abertos com os colaboradores e com o Sindicato e, apesar de confirmar que vem realizando reuniões com a entidade desde o final do ano passado, afirma que as acusações dos rodoviários não procedem: “A acusação de demissão em massa não procede, em hipótese alguma. A Mobi-Rio tem quase 4 mil pessoas em seus quadros. Tal situação já foi plenamente esclarecida junto ao Sindicato. Até o momento a empresa não recebeu nenhum caso concreto sobre as supostas denúncias”.