Frejat e Mariano Marovatto
Figura de ponta do rock nacional, o líder do Barão Vermelho recebe em seu estúdio um compositor e poeta que tem mais pinta de Paralamas

O músico Roberto Frejat, hoje apenas Frejat na capa dos CDs e nos cartazes de shows, não teve vida fácil na década de 90. Carregava a responsabilidade e o peso de dar prosseguimento à carreira do Barão Vermelho, grupo já desfalcado desde 1985 do frontman Cazuza. Então, aquele guitarrista que ficava restrito ao canto direito do palco, concentrado em seus solos e que se limitava a fazer backing, teria de mostrar a cara diante do público, enfrentando plateia e crítica. Deu conta do recado. Coautor de sucessos como Bete Balanço, Pro Dia Nascer Feliz e Pense e Dance, engatou carreira-solo a partir do ano 2000 e daí em diante emplacou hits românticos como Por Você e Segredos, mais adequados a sua garganta hoje quase cinquentona. Tido como bom moço na cena do rock nacional, posou para VEJA RIO em seu estúdio ao lado de Mariano Marovatto, 29 anos, poeta e músico, fã dos Bea-
tles e de Caetano Veloso. Cria de Copacabana, atualmente morador do Leblon, ele já tem um CD no currículo, Aquele Amor Nem Me Fale, lançado pela Bolacha em 2010. Demonstra habilidade no violão, no cavaco e na guitarra e assina no disco uma ousada versão bossa-nova do axé Não Tem Lua. Ele também compõe e, lembrando muito a voz e o estilo de Herbert Vianna, dos Paralamas, já faz bombar no circuito alternativo carioca a faixa Teu (com Jonas Sá): ?Vou te dar outro beijo/ mas vai querer desejar não me ter/ eu sei o caminho ao quarto, meu bem, não precisa dizer?.