Fornecimento de água voltará de forma gradativa após manutenção no Guandu
Sistema de abastecimento opera com 76% da capacidade; normalização de distribuição na Zona Norte ainda depende de conclusão de obra da Iguá
Sete horas antes do previsto, a Cedae concluiu às 20h51 desta terça (5) a manutenção preventiva anual do Sistema Guandu, que fornece água a mais de 10 milhões de pessoas no município do Rio e na Baixada Fluminense. A ação tinha sido adiada por três vezes. Segundo a companhia, o sistema opera no momento com 76% de sua capacidade, à espera da finalização de reparos das concessionárias nas redes de distribuição para retomar a produção total de água. O prazo para normalização do abastecimento nos municípios do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, São João de Meriti, Nova Iguaçu, Mesquita, Nilópolis, Belford Roxo e Queimados agora depende das concessionárias Águas do Rio, Iguá e Rio +Saneamento, responsáveis pelo fornecimento de água, de acordo com as respectivas áreas de atuação.
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A Águas do Rio informa que todos os serviços programados pela empresa foram concluídos. Contudo, o fornecimento de água segue suspenso em parte da Zona Norte da capital, devido à manutenção de outra concessionária, a Iguá, na Rua Marangá, na Praça Seca. “Nos demais bairros e municípios da área de atuação da Águas do Rio (Centro, Zona Sul da capital, Belford Roxo, Duque de Caxias, Mesquita, Nova Iguaçu, Nilópolis, Queimados e São João de Meriti), o abastecimento está em fase de recuperação gradativa“, informa a concessionária, em nota. Nessas regiões, segundo o comunicado, a previsão é que o fornecimento de água seja normalizado gradativamente, em até 72 horas, podendo levar mais tempo nas pontas de rede do sistema, em regiões elevadas ou locais onde forem detectadas ocorrências durante esse processo de retomada da distribuição de água.
Durante o período de paralisação no Guandu, a Águas do Rio informa que realizou mais de 70 ações de melhoria e recuperação nos sistemas de distribuição de água, sendo substituídos registros, válvulas e ventosas e reparados diversos vazamentos – o mais mais expressivo em uma adutora na Maré, Zona Norte. Na mesma região a empresa aguarda a conclusão do serviço da Iguá para retomar o abastecimento nos seguintes bairros: Abolição, Água Santa, Cachambi, Cascadura, Encantado, Engenho de Dentro, Méier, Piedade, Pilares, Quintino Bocaiúva, Todos os Santos, Bento Ribeiro, Campinho, Marechal Hermes, Oswaldo Cruz, Praça Seca e Vila Valqueire.
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Também em nota, a Iguá informa que, durante a parada do Guandu, efetuou a instalação de dois medidores de vazão na Praça Seca. Em virtude da complexidade dessa intervenção, que pode levar até 36 horas para a conclusão, alguns bairros poderão sofrer maior restrição no fornecimento de água. “Esta mudança contribuirá positivamente com uma melhor pressurização e distribuição para todo o sistema”, explica a concessionária. Segundo a empresa, as áreas potencialmente afetadas operadas pela Iguá são: Anil, Freguesia, Itanhangá, Pechincha, Praça Seca, Rio das Pedras, Tanque e Vargem Grande. Já as operadas pela Águas do Rio são: Abolição, Água Santa, Bento Ribeiro, Cachambi, Campinho, Cascadura, Encantado, Engenho de Dentro, Marechal Hermes, Méier, Oswaldo Cruz, Piedade, Pilares, Praça Seca, Quintino Bocaiúva, Todos os Santos e Vila Valqueire.
“Estamos trabalhando para a melhoria dos serviços para todos. Após a retomada do sistema, a previsão é de que o abastecimento seja normalizado gradativamente, conforme o tempo de pressurização das redes, de acordo com as características do sistema de cada região”, conclui a nota. A concessionária reforça que, “caso seja necessário, disponibilizará caminhões pipa para locais emergenciais como hospitais, clínicas e UPAs, entre outros”. As empresas reforça a necessidade do uso consciente da água até que o fornecimento seja integralmente normalizado. A orientação é que os clientes comerciais e residenciais mantenham reservada para as atividades prioritárias a água de cisternas e caixas d’água, adiando atividades não essenciais até a regularização do abastecimento.
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Os reparos são parte da preparação para o verão. “Quanto mais próximo do verão fizermos a paralisação, mais garantia teremos de passar pelo período mais quente do ano com a estação performando sem intercorrências, ou seja, produzindo em sua capacidade total. Caso fizéssemos esta paralisação no inverno, teria uma janela de seis meses para surgir um problema na estação. E, se fosse necessário parar a estação para corrigi-lo, só conseguiríamos fazer depois do verão, e a operação ficaria comprometida, podendo causar redução na produção de água logo no período em que há maior demanda”, explicou ao jornal O Globo Daniel Okumura, diretor de Saneamento e Grande Operação da Cedae.