À medida que se aproxima o Dia dos Namorados, o trabalho dela aumenta. Afinal, a psicóloga Mariana Yamada é uma espécie de cupido da alta-roda. Gerente-geral da agência de aproximação Lunch 42 (lê-se “for two”), em Ipanema, seu serviço é marcar encontros a dois com vistas a engatar um relacionamento sério, seja hétero, seja homossexual. Não é para qualquer solteiro, diga-se. Cada um dos 3 500 cadastrados da firma teve de desembolsar 5 000 reais por um contrato de dezoito meses, sem nenhuma garantia de que realmente vá achar sua cara-metade. Como ponto de partida, o cliente passa por uma minuciosa entrevista, para ver qual perfil combina com o seu. Apesar do evidente sigilo no processo, Mariana jura que há empresários e artistas na lista. Ou seja: está difícil para todo mundo. “Os cariocas se soltam mais nas conversas”, diz. “Vocês têm um jeito leve de levar a vida que sempre traz bons resultados.” Devem ser bons mesmo. A empresa agora estuda abrir uma filial na Barra.