De malas prontas! Flamengo, Fluminense e Botafogo jogam o Mundial de Clubes

O Rio é a única cidade do planeta a contar com três times no campeonato, clubes tem oportunidade de expor suas marcas internacionalmente

Por pedrobragacoutinho
13 jun 2025, 08h47
Mundial de Clubes: times cariocas vencem a Libertadores por três anos consecutivos e se classificam para o Mundial.
Mundial de Clubes: times cariocas vencem a Libertadores por três anos consecutivos e se classificam para o Mundial. (Marcelo Gonçalves/Fluminense; Givan de Souza/Flamengo; Vitor Silva/Botafoogo/Divulgação)
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“Futebol é a coisa mais importante dentre as menos importantes”, definiu o técnico italiano Arrigo Sacchi, vice-campeão da Copa de 1994. Os torcedores de Flamengo, Fluminense e Botafogo, detentores das três últimas Libertadores, sabem disso, e preparam alma e coração para acompanhar as árduas disputas no Mundial de Clubes da Fifa. A competição internacional acontece nos Estados Unidos, entre 14 de junho e 13 de julho, e o Rio é a única cidade do planeta a emplacar três representantes no torneio.

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A principal ameaça aos cariocas na briga pelo título inédito são os gigantes europeus. O Tricolor encara o alemão Borussia Dortmund logo na estreia. Já o Alvinegro topa com o Paris Saint-Germain e o Atlético de Madrid, enquanto o time da Gávea pega o Chelsea, campeão em 2021 e que acaba de conquistar a Liga Conferência, na Europa. Na visão de Ronaldo Helal, sociólogo especializado em esporte e professor da Uerj, será difícil ver um brasileiro — o Palmeiras também foi classificado — na final, mas é essencial chegar ao mata-mata. “A longevidade no campeonato traz visibilidade. No Rio, o futebol pode ser um motor turístico, assim como os shows da Madonna e da Lady Gaga”, explica. Prevendo a comoção, marcas como Superbet e Budweiser patrocinam espaços para os torcedores entrarem no clima e assistirem às partidas.

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Tour no Rio: trofeú do campeonato ficou nos cuidados dos clubes cariocas.
Tour no Rio: trofeú do campeonato ficou nos cuidados dos clubes cariocas. (Hermes de Paula/Flamengo/Divulgação)
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A agenda das três equipes cariocas é atribulada. Em meio a Brasileirão, Libertadores, Sul-Americana e Copa do Brasil, só houve tempo para treinar especificamente para o Mundial na semana de véspera. Campeão carioca de 2025, o Flamengo enxerga a competição em solo americano como uma prova de fogo. “É uma oportunidade de ouro para perceber em que patamar o nosso elenco se encontra”, diz o diretor-esportivo, José Boto, de olho não só os oponentes do Velho Mundo como o tunisiano Espérance, primeiro adversário do rubro-negro no certame. “O futebol praticado na África magrebina é técnico e veloz”, pondera. Mesmo com a parada duríssima, Ronaldo Helal acredita que o Flamengo vai passar da fase de grupos. Quem carimbou o passaporte para os EUA para torcer in loco pelo escrete de Arrascaeta e companhia poderá aproveitar a Casa Flamengo, instalada no Icon Park, em Orlando. Até 25 de junho, o espaço promove programação especial para os fãs, com direito a ativações promocionais e encontros com influenciadores e ex-jogadores.

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Nova York e Miami foram escolhidas pelo time das Laranjeiras para receber a Fluminense House, com proposta parecida. Por lá, é possível tirar foto com a taça original da Libertadores de 2023, além de curtir shows e assistir às partidas num telão. Na véspera da estreia em campo, um barco apinhado de tricolores vai navegar pelo Rio Hudson em clima de festa, com comida e bebida à vontade. Tudo isso faz parte de um projeto de internacionalização iniciado em 2020. “Desde então, o Fluminense participa anualmente de competições fora do Brasil. Enfrentar grandes equipes estrangeiras é uma estratégia de exposição da nossa marca”, atesta o presidente, Mário Bittencourt. “Assistir a um jogo no exterior é uma experiência totalmente diferente, os torcedores se mobilizam, fazem amizade. E de quebra ainda dá para fazer turismo”, opina o pneumologista José Luiz Queiroz Junior, 36, prestes a embarcar para os EUA com os pais. A família também acompanhou Germán Cano e seus companheiros na Arábia Saudita, no Mundial de 2023, e na Argentina, no mesmo ano, na disputa contra o River Plate.

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Libertadores 2024: Hélio e filhos João e Antonio. (./Arquivo pessoal)

O complicado páreo em que se encontra o campeão brasileiro e da Libertadores de 2024, não impediu o alvinegro Hélio de La Peña de comprar passagens para dar aquela força ao Fogão. Apaixonado, o humorista de 65 anos vai lançar um livreto na Bienal intitulado É Tempo de Botafogo, inspirado numa palestra que deu na Academia Brasileira de Letras no ano passado. O romance começou em 1968 e, nos 21 seguintes, nenhum sinal de título. “O time conserva uma aura pessimista por conta dessa trajetória, mas a nova geração já tem uma outra perspectiva. A temporada de 2024 foi histórica”, analisa. Presente na final da “Liberta” em Buenos Aires, La Peña estará em Los Angeles acompanhado do filho caçula, Antônio, 21 anos. O administrador Pedro Guimarães, 23, não só garantiu os ingressos como mantém a esperança de que Marlon Freitas vai levantar o troféu. “Não duvido de nada. Tem um ditado que diz ‘essas coisas só acontecem com o Botafogo’. Acho que agora é no bom sentido”, brinca. O coração já está a mil, resta saber se a paixão dos cariocas pode extrapolar as fronteiras do peito e dominar o mundo.

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Matéria mundial de clubes

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