Ficar parado dói: como se preparar para envelhecer sem limitações
Manter-se em ação é o primeiro passo para prevenir dores, fortalecer ossos e garantir uma velhice mais saudável
Limitação física e dor são os principais medos dos brasileiros quando se fala em envelhecimento. Essa foi a resposta de 71% dos entrevistados num levantamento realizado por uma marca de suplementos alimentares. O medo tem fundamento, já que a dor crônica acomete 30% da população mundial e, com o envelhecimento, o desconforto na coluna vertebral e nas articulações se torna mais comum. “Cerca de 80% dos indivíduos terão, no mínimo, um episódio de dor lombar ao longo da vida. Com o passar dos anos, as fraturas vertebrais podem surgir em decorrência de traumas leves ou até de forma espontânea, porque o osso fica mais fraco”, avalia a anestesiologista e especialista em dor Mariana Junqueira.
“A artrose, a osteoporose e a sarcopenia, que é a perda de massa muscular, são as doenças mais impactantes associadas ao envelhecimento. Para evitá-las, é preciso adotar bons hábitos, como a prática de atividades físicas, controle do IMC e suplementação”, defende o ortopedista Bernardo Mercante. Estimular a vitamina D, tomando sol antes das 10h e após as 16h, também faz parte da fórmula do sucesso.
Bem mais do que a sensação física, a dor é uma experiência emocional desagradável e bem particular, influenciada por fatores biológicos, sociais e psicológicos. “O envelhecimento também traz distúrbios de humor, como depressão e ansiedade. Pessoas solitárias, sem suporte familiar e interação social podem ter uma percepção maior do sofrimento”, avalia a médica. Se a dor aguda é um sinal de alerta, a crônica representa uma alteração do sistema nervoso central, que pode persistir, mesmo que a causa não apareça em exames. Acreditar que a agonia vai sumir sem intervenções pode fazer com que ela se instale de vez. “O tratamento inadequado é um fator de risco para que a dor se torne crônica”, explica Mariana Junqueira. O uso indiscriminado de remédios também pode ser desastroso para a saúde e, por isso, consultar um bom médico é sempre o correto para quem busca vida longa e próspera.
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O Indicador de Longevidade Pessoal (ILP), do Grupo Bradesco Seguros, apontou que 97% dos 4 400 participantes relataram interesse pelo envelhecimento saudável, mas sem adotar boas práticas para essa finalidade. Três em cada quatro pesquisados afirmam que se exercitam, porém, apenas 36% mantêm a rotina ideal. “Para chegar à terceira idade com independência nas atividades do dia a dia é essencial ter regularidade na musculação e nos alongamentos”, recomenda Mercante. Por volta dos 35 anos já devemos preparar o corpo para viver sem dor, criando uma poupança muscular. Outra informação pouco difundida é que não há como tratar dor em repouso, com exceção de fraturas agudas. “O movimento é o primeiro passo, mesmo que o início seja doloroso”, enfatiza a médica. A alimentação também entra nessa conta. “Certos padrões alimentares podem agravar um quadro. Cardápios mais naturais ajudam a modular a resposta inflamatória, melhorando a mobilidade”, aconselha a nutricionista Raquel Thomaz.
A longo prazo, pequenas mudanças podem fazer a diferença, como trocar o refrigerante por água com limão e optar por um sanduíche caseiro em vez de um fast-food. “Alimentos que contêm magnésio, como abacate, semente de abóbora e grão- -de-bico, também são úteis em caso de dores, já que o mineral ajuda no relaxamento muscular. Beber bastante água também é essencial para o bom funcionamento das articulações, porque com o avançar da idade muitas pessoas tendem a sentir menos sede, diminuindo o consumo de líquido”, alerta a nutricionista. Investir em saúde mental, aderindo a práticas como meditação, estabelecer regras básicas de higiene do sono e manter um hobby, interessando-se por assuntos diferentes da rotina profissional, também são aliados da vida sem dor. “Não menos importante, um círculo de apoio, amigos e vida social ativa são uma pílula poderosa, que impactam o humor e, consequentemente, a percepção de dor”, enfatiza a anestesiologista. Rir é, sim, um santo remédio.
+Uma bula para cada um: medicação customizada reduz efeitos e acerta a dose
Quanto mais natural, melhor
Alimentos para quem deseja espantar a dor
- Sardinha, atum e salmão, peixes ricos em ômega-3
- Azeite de oliva
- Cúrcuma
- Frutas vermelhas
- Folhas escuras, como couve, rúcula, espinafre e chicória
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