Em cartaz na Broadway desde 1988, O Fantasma da Ópera tornou-se o musical mais longevo da história. É, portanto, a mais bem-sucedida adaptação, entre muitas já feitas, do romance homônimo escrito pelo francês Gaston Leroux no início do século passado. Atração do Teatro Clara Nunes, O Fantasma da Máscara baseia-se no espetáculo de Andrew Lloyd Weber para, animado pela trilha sonora, tomar liberdades no desenvolvimento da trama. Na montagem, a cantora de ópera Belinha (Lissah Martins) ganha dois objetos que já pertenceram a um maestro: um livro de partituras e uma gaiola que, reza a lenda, servia para aprisionar vozes de cantores e sons de instrumentos musicais. De olho nos dois presentes, o malévolo personagem do título (Beto Marden) sequestra a mocinha.
De produção luxuosa, a peça dirigida por Rosi Campos chama atenção pelo visual. Idealizados por Livia Schurr e Pedro Bosnich ? também integrante do elenco, no papel de Zeca, irmão de Belinha ?, os figurinos têm um quê extravagante dos filmes de Tim Burton, enquanto o cenário conta com projeções dinâmicas do ilustrador Osiris Junior. Entrosado após uma temporada em São Paulo, o elenco diverte, mas às vezes abusa da gritaria. Todos cantam ao vivo (Lissah, que já estrelou versões nacionais de A Bela e a Fera e Miss Saigon, sobressai). Os bons desempenhos musicais, no entanto, às vezes são ofuscados pelo volume do áudio, invariavelmente nas alturas.
O Fantasma da Máscara (70min). Livre. Estreou em 13/8/2011. Teatro Clara Nunes (527 lugares). Rua Marquês de São Vicente, 52 (Shopping da Gávea), Gávea, ☎ 2274-9696. Sábado e domingo, 17h. R$ 50,00. Bilheteria: a partir das 14h (sáb. e dom.) IC. Estac. (R$ 6,00 por duas horas). Até 25 de setembro.