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Caso Rodrigo Crespo: qual é a relação dos suspeitos do crime com a Alerj

Um deles tem nomeações desde 2008; ele estava no Departamento de Patrimônio da Casa até ser substituído por outro envolvido, três dias após execução

Por Da Redação
6 mar 2024, 14h51
Alerj
Alerj: projeto de lei em análise é de autoria do deputado estadual Carlinhos BNH (PP), e tem 15 parlamentares como coautores: sete do PL, quatro do União, e os demais são do PP, PMB, Podemos e Patriotas. (Léo Lemos/Veja Rio)
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Dois dos três envolvidos no assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo que já estão presos foram nomeados pro Departamento de Patrimônio da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). Um deles, Cezar Mondego, tem uma longa carreira no setor público e foi substituído por outro,  Eduardo Sobreira Moreira, três dias após a execução. A nomeação já foi anulada, antes da posse, mas a assembleia não informou até o momento quem nomeou os dois. ao RJ-TV, da TV Globo, o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, disse apenas que não tem ideia de quem seria. “É o Departamento Patrimônio que pede, solicita: ‘Vou trocar o funcionário A, pelo B’. Se passou no compliance, sem problema a gente nomeia”, afirmou, acrescentando que não sabe quem é o responsável pelo setor, que é responsável por “propor a contratação de serviços de manutenção, conservação e recuperação de bens” e “registrar e controlar os bens patrimoniais da Alerj”, por exemplo.

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A trajetória de Mondego, apontado como responsável por monitorar a vítima no dia do crime e nos dias anteriores, começou em 2008 no setor público, quando ele foi nomeado para atuar no governo do Estado na gestão de Sérgio Cabral. Quatro anos depois, foi para a Secretaria de Governo. Em 2017, já com Luiz Fernando Pezão como governador, Mondego foi para a Secretaria Estadual de Saúde. E, dois anos depois, foi nomeado no Departamento de Patrimônio da Alerj, quando o presidente da casa era André Ceciliano. Com cargo de assistente, tinha salário em torno de R$ 6 mil. Até o ano passado, quando, já com Rodrigo Bacellar na presidência, ele foi rebaixado para outro cargo, com vencimento de pouco mais de R$ 2 mil.

Eduardo Sobreira, que também estaria monitorando a vítima e se entregou à Polícia nesta terça (5), foi nomeado para o mesmo departamento três dias depois do assassinato do advogado. E justamente na vaga de Cezar Mondego. Após a repercussão do crime, a nomeação foi anulada.

“Olha, na verdade é uma casa em que existem milhares de funcionários nomeados. Quem responde, claro, por qualquer nomeação, são o presidente e o primeiro secretário. Ontem, quando fomos informados pela imprensa, devidamente já sabendo que o funcionário [Eduardo Sobreira] não tinha sido nem empossado, eu pedi a exoneração. Não tem responsável. Existe a autonomia de cada departamento da casa [de nomear] e chega a solicitação pra presidência e primeira secretaria, que vai trocar A, B ou C. A casa tem compliance normal, que é feito pelas certidões pedidas. Então, só cabe analisar a certidão. Se não tem trânsito em julgado de alguma decisão contra alguém, a gente nomeia. Uma vez que se torna um fato público e notório que a pessoa incorreu em um crime, nosso papel é exonerar. E foi o que a gente fez”, disse Bacellar ao RJ-TV.

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O terceiro envolvido no crime é Leandro Machado da Silva, um policial militar que, segundo as investigações, providenciou os carros usados no crime. Ele, que também se entregou nesta terça (5), é apontado como segurança de Vinícius Drumond, filho do contraventor Luizinho Drumond, o que Vinícius nega.

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