‘Isso é uma caça às bruxas!’, diz acusada de extorquir o fundador da Embelleze
Indiciados por estelionato e furto mediante fraude, Monique Elias teria desviado R$ 122 milhões do patrimônio do ex-marido, Itamar Serpa, morto em 2023

Suspeita de manipular e desviar 122 milhões reais do patrimônio do ex-marido – o fundador da Embelleze, Itamar Serpa (1941 – 2023) -, Monique Elias foi às redes sociais nesta segunda (17) para desmentir as acusações e dar sua versão dos fatos. “Isso é uma caça às bruxas!”, afirmou, num vídeo em que nega todas as acusações. Segundo ela, “Itamar nunca foi essa pessoa frágil que tentam passar”: “Ele assinou cada um dos documentos e sempre foi o CEO da empresa. Nós fômos parceiros de verdade, sem segredos entre nós”, alegou. “As pessoas que depuseram contra mim não apresentaram uma prova sequer. Vou processar um por um”, prometeu ela, que começou a morar junto com o empresário em 2012 e com ele teve dois filhos. Eles se separaram em 2020.
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O escândalo envolvendo a herança de um dos maiores nomes do setor de beleza do país teve início quando uma suposta amiga de Itamar chamada Jéssica Ferrer começou a mandar e-mails para o empresário, criando intrigas entre ele, seus filhos e colegas de trabalho para influenciar em suas decisões financeiras. “Ninguém no seu ambiente de trabalho é de sua inteira confiança”, dizia um dos e-mails obtidos pelo Fantástico, da TV Globo, que exibiu reportagem no último domingo (16) expondo o imbróglio. As investigações indicaram que “Jéssica” é uma perfil fake criado por Monique. Segundo a reportagem, a polícia obteve mais de 2 mil páginas de e-mails trocados entre Itamar e “Jéssica”. Ela também manipulou Itamar para ajudar Monique financeiramente.
Jomar, filho mais velho e herdeiro da Embelleze, também foi alvo das mensagens. A suposta amiga o descrevia como manipulador e pedia: “Cuidado com Jomar. No vídeo da Embelleze, vocês dizem que são uma só voz, mas Jomar é a voz que beneficia ele”. Com as acusações, Itamar construiu uma parede para separá-los no escritório que dividiam. Pouco a pouco, o empresário começou a se afastar da família.
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Em junho de 2023, quando “Seu Embelleze”, como era apelidado, foi internado por sangramentos no fígado, Monique proibiu que os filhos dele do primeiro casamento pudessem fazer visitas. Foi quando o filho dela, João Carlos Tavares da Mata Serpa, fez vinte e uma transferências no valor de 400 mil, sem autorização. Itamar morreu um mês depois. As investigações concluíram que Monique passou dez anos manipulando o então marido, ao lado de João e do companheiro Matheus Palheiras. Os três foram indiciados por estelionato, furto mediante fraude e associação criminosa. Além disso, são investigados por suspeita de lavagem de dinheiro.
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