Estádio do Flamengo: questões técnicas deixam o sonho cada vez mais distante
Terreno do Gasômetro ainda conta com estruturas importantes para o sistema de distribuição de gás, que precisam ser transferidas antes do início das obras

A construção do novo estádio do Flamengo em São Cristóvão, no terreno do antigo Gasômetro, “está condicionada à definição de uma solução para transferência” da infraestrutura do serviço de gás canalizado, “dentre eles a Estação de Regulagem e Medição (City Gate)” que se encontra dentro da área arrematada pelo clube em leilão realizado em julho do ano passado. Segundo o portal Tempo Real, o novo presidente do clube, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, foi comunicado sobre o empecilho oficialmente, nesta quarta (22). De acordo com técnicos ouvidos pelo potal, a transferência da infraestrutura descrita no processo é uma operação cara e pode levar em torno de três a quatro anos.
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De acordo com o comunicado enviado a Bap, a solução para o terreno deverá ser “diretamente negociada entre o Clube de Regatas do Flamengo e a CEG (hoje administrada pela empresa Naturgy) e mediada pela Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico (Agenersa) e pelo Estado do Rio de Janeiro”. A decisão foi tomada pelo conselho diretor da Agenersa, a quem cabe regular a adequação e a segurança do serviço público de distribuição de gás canalizado.
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Ainda segundo o Tempo Real, há duas semanas, o Flamengo subiu o tom e afirmou que a Agenersa não pode “pretender impedir” o projeto. A declaração consta em um ofício enviado à agência, em resposta a manifestações que já haviam sido feitas pelo órgão em dezembro, quando a Agenersa solicitou que o Flamengo e Naturgy dialogassem sobre os aspectos de segurança e os impactos relacionados à construção do estádio. “De acordo com o processo ativo no Sistema Eletrônico de Informações do Estado (SEI-RJ), as informações no Memorial Descritivo do Imóvel e no Termo de Referência do edital já apontavam que a Prefeitura do Rio sabia, e deu ciência aos potenciais arrematantes, que o terreno ‘abriga construções e estruturas destinadas ao sistema de distribuição de gás’, diz a reportagem, acrescentando que a administração municipal também atribuiu ao vencedor do leilão, agora proprietário do imóvel, “a responsabilidade pelos custos relacionados à eventual desmobilização e transferência das instalações e equipamentos”.
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