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Estabelecimentos comerciais viram bens imateriais

Confeitarias Cirandinha e La Marquise, em Copacabana, são alguns dos estalecimentos beneficiados

Por Redação Veja Rio
Atualizado em 5 dez 2016, 12h28 - Publicado em 6 jan 2015, 12h50
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    “Nosso segredo é simples: não mudar nada e manter a tradição”, diz Milton Maciel de Andrade, 73, sócio da Confeitaria Cirandinha, inaugurada em 1957 na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. O local é um dos 13 estabelecimentos comerciais inscritos neste ano na categoria de bens imateriais da cidade.

    A relação inclui chapelarias, tabacarias, uma gráfica, um sebo e lojas de música e de cofres, entre outros pontos do comércio tradicional de rua. O único benefício financeiro previsto é a redução do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), desde que características originais sejam mantidas. No entanto, muitos desses imóveis já têm desconto no imposto, por estarem em áreas preservadas, no caso do centro.

    O presidente do IRPH (Instituto Rio Patrimônio da Humanidade), Washington Fajardo, quer propor a isenção do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços), mas por enquanto não há nenhuma garantia. Ele reconhece que a medida não é suficiente para manter os negócios. Segundo ele, foi firmado convênio com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para traçar “estratégias de sobrevivência” e ajudar a manter a tradição vinculada a serviços ou produtos.

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    Também em Copacabana, a Confeitaria La Marquise, inaugurada em 1950 e incluída na relação da prefeitura, foi responsável pela produção dos doces servidos no Copacabana Palace até 1988. Dos 13 estabelecimentos, são os únicos fora do centro.

    Sócia da Gráfica Marly, Cirlea Tavares é casada com Itamar Kobylinski Moreira, que pertence à terceira geração da família à frente do negócio artesanal, fundado em 1946. Ela diz não ver benefício na medida da prefeitura. Em agosto, a gráfica precisou deixar a Praça Mauá e migrar para o sobrado onde funciona a Alternativa Arte em Serigrafia, na Rua do Livramento.

    “Quase fechamos. Sem essa parceria com o Marcus Reis (da Alternativa), não teríamos continuado. Agora não muda nada, porque já temos o benefício do IPTU, por se tratar de um prédio antigo.” Lá, o contrato do aluguel é antigo, mas o valor deve subir com a reforma da região portuária. “Nas conversas com a prefeitura muitas coisas foram estudadas, mas na prática não houve nada.”

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    Emne Al-Haje é neta do imigrante sírio que fundou a Charutaria Syria, em 1912. Por se tratar de imóvel histórico, ela também já é beneficiada pela redução do IPTU. “Acho importante o registro para que a informação não se perca, porque muitos estabelecimentos infelizmente estão desaparecendo” (com Estadão Conteúdo).

    Confira a lista completa abaixo:

    Tabacaria Africana

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    Ao Bandolim de Ouro

    Chapelaria Porto

    Leiteria Mineira

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    Confeitaria Cirandinha

    Confeitaria La Marquise 

    Chapelaria Alberto

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    Chapelaria Esmeralda

    Cofres Gaglianone

    Cofres Americanos

    Charutaria Syria

    Livraria Padrão

    Gráfica Marly

     

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