Na porta de casa: entenda a confusão da vez envolvendo o rapper Oruam
Agentes da DRE e o delegado Moyses Santana estiveram na mansão do rapper no Joá, na Zona Oeste, atrás de um adolescente foragido

A noite de segunda (21) foi marcada por uma confusão envolvendo o rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, o Oruam, com policiais civis dentro de sua casa no bairro do Joá, na Zona Oeste. De acordo com a instituição, o cantor atacou os agentes com pedradas e tentou impedir um mandato de busca e apreensão contra um adolescente, conhecido como “Menor Piu”, que estava escondido em sua mansão.
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Na redes sociais, circulam imagens com representantes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e o delegado Moyses Santana no condomínio. Em um dos vídeos, um dos amigos do cantor aparece sendo algemado dentro da mansão; em outro, o próprio Oruam aparece xingando a autoridade: “Delegado está aqui. Aí Moyses, tu é cuz**, filho da put*”.
Pouco tempo depois, ele aparece no Instagram dizendo que havia mais de vinte viaturas na porta de casa, com o mesmo delegado que o prendeu. “Se dependesse do estado ‘nós’ (sic) ia ser bandido. O estado cria um monstro, nunca me deu nada não, cara. Se eu tenho dinheiro hoje em dia é graças a mim mesmo, graças a minha luta”, contou.
A mulher de Oruam, Fernanda Valença, também estava na casa e relatou o ocorrido. “Isso é um absurdo, a gente não tem um paz, um monte de agente de fuzil aqui na porta de casa. Um dia que era para ser comum, e isso que acontece. Eu estava fazendo meu trabalho, ouvi a maior gritaria lá embaixo e vi homens abordando os meninos”, afirmou.
Em entrevista ao “Bom Dia Rio”, da TV Globo, o secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, tratou Oruam como “marginal da pior espécie”. Segundo ele, agentes da especializada receberam informações de que o adolescente, de 17 anos, estaria escondido no interior da residência do cantor.
“O Menor Piu é um dos seguranças do traficante Doca, que é o chefe do tráfico do Complexo da Penha, um dos líderes do CV aqui no estado do Rio e também um dos maiores ladrões de veículos do nosso estado, pelo menos aqui da capital e Região Metropolitana. Em seis meses, já é o segundo elemento que nós temos conhecimento, foragido pela Justiça e ligado à facção criminosa, que estava no interior da casa desse bandido, desse criminoso”, afirmou.