Em 24 horas, três pessoas são atingidas por balas perdidas
Vítimas moram alvejadas na Rocinha, Bangu e Niterói
Entre a noite de ontem (25) e a madrugada de hoje (26), pelo menos três pessoas foram vítimas de balas perdidas no Rio.
A dona de casa Sandra Costa dos Santos, de 58 anos, foi atingida na cabeça por uma bala perdida enquanto dormia em sua casa em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, na madrugada desta segunda-feira, 26. Ela sobreviveu e está internada no Hospital Estadual Albert Schweitzer, em Realengo, também na zona oeste. Ainda não há informações sobre seu estado de saúde.
Sandra é a 13ª vítima de bala perdida na Região Metropolitana nove dias. Ela mora nas imediações da Vila Aliança, bairro da zona oeste onde há constantes confrontos entre criminosos de facções rivais e destes com a polícia.
Em outro caso, uma menina de 12 anos foi atingida por uma bala perdida, no Morro do Chapadão, em Costa Barros, na zona norte do Rio de Janeiro. Segundo testemunhas, criminosos de quadrilhas rivais trocavam tiros quando a menina, que estava na rua Javatá, foi atingida. Ela foi levada ao Hospital Estadual Albert Schweitzer, em Realengo, na zona oeste, e ainda não há detalhes sobre seu estado de saúde.
Na noite de domingo (25), segundo a PM, Adriene Solan do Nascimento, 21, morreu após ser atingida por uma bala perdida na Rocinha, na zona sul, durante um tiroteio entre traficantes e policiais militares da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do bairro. Ainda não se sabe de quem partiu o disparo que atingiu a mulher. Ela chegou a ser levada ao Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, zona sul, mas não resistiu ao ferimento.
No sábado (24), um menino de 14 anos foi atingido por uma bala perdida enquanto brincava em um condomínio no bairro do Fonseca, em Niterói, na Região Metropolitana. O adolescente está internado no Hospital Icaraí, na mesma cidade. Ele é de Minas Gerais e passava férias em Niterói.
No mesmo dia, outras três pessoas foram atingidas por balas perdidas. Uma mulher e um adolescente foram atingidos durante um tiroteio no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, na zona norte do Rio. Em São Gonçalo, Diogo da Silva Santos, 23, morreu durante um tiroteio no centro da cidade.
O secretário estadual de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, afirmou nesta segunda que a polícia tem consciência da guerra de facções em áreas ainda sem Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e está promovendo operações para combater os criminosos, como no Morro do Juramento, em Vicente de Carvalho, mas não vai fazer ocupações sem condições de sustentá-las. Essas trocas de tiros teriam sido responsáveis por alguns dos 13 casos de bala perdida (com Estadão Conteúdo).