Quem ficou acordado até quase 1h desta sexta (9) para ouvir propostas que ajudassem a escolher um candidato à prefeitura do Rio no primeiro debate destas eleições municipais, promovido pela TV Bandeirantes, vai continuar na dúvida. O que se viu no encontro – que reuniu Alexandre Ramagem (PL), Eduardo Paes (PSD), Marcelo Queiroz (PP), Rodrigo Amorim (União Brasil) e Tarcísio Motta (PSOL) – foram muitos ataques pessoais e poucas informações a respeito de planos de governo.
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Ramagem e Amorim, ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, tentavam a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Paes, atual prefeito e aspirante à reeleição, Eduardo Paes (PSD). Enquanto Ramagem chamava Paes de “soldado de Lula”, Amorim apelidou o atual prefeito de “filho ingrato de Cabral”, “nervosinho” e “pai da mentira”. Correndo por fora, Tarcísio usou seu tempo para associar os bolsonaristas ao negacionismo. E chegou a comparar o candidato do União Brasil ao Padre Kelmon, que concorreu à presidência pelo PTB em 2022 e foi apontado por servir de palanque a Bolsonaro durante os debates.
Já Marcelo Queiroz tentava se destacar como uma opção aos extremismos, mas se atrapalhou logo ao se apresentar: tropeçando nas palavras, declarou que “atua na defesa dos maus tratos dos animais”. O candidato do PP tentou colocar o prefeito na parede ao insinuar que, se reeleito, o prefeito vai deixar a cidade nas mãos do vice recém escolhido, Eduardo Cavalieri, para se candidatar ao governo do estado. Paes rebateu afirmando que permanecerá por mais quatro anos, caso seja reconduzido ao cargo.
Em meio aos ataques, Amorim prometeu criar duas novas secretarias, a da Favela e a de Saúde e Contra o Aborto, além de juntar três em uma: Educação, Cultura e Desportos. Também afirmou que, se eleito, vai transferir o gabinete do prefeito para a Guarda Municipal, cujos homens todos trabalharão armados. E anunciou que vai fiscalizar ele próprio os órgãos da prefeitura: “Durante a noite, dando incertas nos órgãos para ver se está tudo funcionando“.
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O critério para escolha dos cinco candidatos presentes ao debate foi que o partido, coligação ou federação tenha ao menos cinco parlamentares no Congresso Nacional, como determina a legislação eleitoral. De acordo com pesquisa Quaest no Rio, divulgada em 24 de julho, Eduardo Paes tem tem 49% das intenções de voto na amostra com maior número de nomes apresentados aos entrevistados. Aparecem em seguida os deputados federais Alexandre Ramagem, com 13%, e Tarcísio Motta, com 7%. Cyro Garcia (PSTU) e Rodrigo Amorim somam 3% cada. Já Juliete Pantoja (UP) e Marcelo Queiroz têm 2%, enquanto Carol Sponza (Novo) e Dani Balbi (PCdoB) estão com 1% cada. Intenções de votos em branco, nulo e eleitores que não pretendem comparecer às urnas chagam a 15%. Os que se dizem indecisos são 4%.
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