Eduardo Paes promete, novamente, reduzir velocidade na orla da Barra
'Falha absurda da CET-Rio, e eu assumo a responsabilidade', disse o prefeito, que em setembro do ano passado já havia considerado 70Km/h 'um absurdo'
Quase um ano depois de ter prometido reduzir a velocidade na Avenida Lúcio Costa, na Barra, após o atropelamento do ator Kayky Brito na via, em setembro, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, fez um mea culpa e renovou a promessa. Em entrevista ao portal G1, nesta segunda (5), Paes afirmou que é uma “falha grave” não ter feito a mudança para a redução da velocidade, que se manteve de 70km/h, com exceção do trecho da Praia da Reserva, onde o limite é de 60km/h. No mês passado, a morte do fisioterapeuta Fábio Toshiro Kikuta, atropelado na avenida horas após seu casamento, fez o tema voltar a ser discutido.
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“A gente não acerta sempre, erra às vezes. Isso foi uma falha absurda do meu time ali da CET-Rio, e aí eu assumo a responsabilidade por isso. Vamos implementar isso imediatamente. Porque, de fato, você não pode ter uma via como a Lúcio Costa, em que as pessoas acessam a praia com os carros vindo a 70km/h. Vai ter muita gente me xingando, dizendo que é indústria de multa, podem xingar à vontade, a velocidade vai diminuir para que a gente salve vidas”, disse o prefeito ao portal. No ano passado, ele havia publicado nas redes sociais o seguinte post: “O atropelamento do ator Kayky Brito mostra bem que a velocidade permitida em muitas vias da cidade é excessiva. Imaginar que nossa orla — um lugar de contemplação, lazer e paz – tem velocidade máxima de 70km é um absurdo. Independentemente de responsabilidades no caso em questão, não é admissível manter isso. Já determinei que a CET-RIO me apresente ainda essa semana uma mudança no limite da orla do Rio. E vamos avançar com essas mudanças em outras vias da cidade!”.
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De janeiro até julho de 2024, o Corpo de Bombeiros foi acionado para 35 casos de atropelamento na Lúcio Costa. No mesmo período do ano passado foram 25, o que significa um aumento de 40%. Dados dos bombeiros mostram ainda que a imprudência é a principal causa de acidentes e colisões na região. Nos últimos quatro anos, foram 772 colisões entre carros e motos e 245 atropelamentos. Estudos feitos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que pistas que possuem velocidade máxima de 50km/h correm menos risco de acidentes fatais.