A região portuária do Rio vai ganhar torres comerciais de alto – chamadas de triple A. Os empreendimentos serão financiados através de um acordo firmado entre a Caixa Econômica Federal e a empresa multinacional Tishman Speyer. Especializada em fundos imobiliários, a firma norte-americana comprou da Caixa os Certificados de Potencial Adicional, chamado de Cepacs, títulos que dão direito a construir naquela área acima do gabarito.
Todos os Cepacs foram comprados da prefeitura pelo Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha, criado pela Caixa, por 3,5 bilhões de reais. Dessa forma, o governo municipal terceirizou os serviços públicos, como coleta de lixo, troca de lâmpadas e pavimentação em parte da região. Ao longo dos próximos 15 anos, espera-se que a CEF repasse 8 bilhões para o desenvolvimento do novo centro.
Nesta sexta, a construtora Concal lançou e vendeu todas as 512 salas de um lançamento comercial na Avenida Francisco Bicalho. A unidades foram cotadas em R$ 8 500 o metro quadrado, bem abaixo dos R$ 15 000 cobrados na Zona Sul. A previsão é que, com as obras de infraestrutura como os BRTs, o preço por ali alcance R$ 13 000 o metro quadrado. A Francisco Bicalho deve ganhar ainda um hotel de luxo e a futura estação do trem-bala, que ligará o Rio a São Paulo.