Combinando economia e simbolismo, Rio é a capital criativa do país

Levantamento da Firjan revela que a cidade concentra mais de 75% dos empregos criativos do estado, impulsionados por Tecnologia e Consumo

Por Da REdação
18 jun 2025, 13h00
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Rio de Janeiro: indústria criativa fluminense responde por 5,2% do PIB estadual e emprega 124 mil trabalhadores (Canva/Reprodução)
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Num país em que a indústria criativa movimentou R$ 393,3 bilhões em 2023, segundo levantamento feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) – 3,59% do Produto Interno Bruto (PIB) – o estado do Rio de Janeiro ocupa posição estratégica, combinando forte participação econômica com impacto simbólico, que reforça a imagem do Brasil no mundo – o chamado Soft Power. Em 2023, o setor criativo fluminense respondeu por 5,2% do PIB estadual, gerando R$ 46 bilhões e contribuindo com quase 11,9% do PIB criativo nacional. O crescimento dos empregos formais no setor já supera a marca de 1,26 milhão de profissionais no Brasil.

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Em território fluminense, a maior parte dos trabalhadores criativos está concentrada na capital: para cada quatro profissionais da área, três atuam no município do Rio. A cidade também reúne o maior número total de empregos do estado, com 51,8% dos postos de trabalho. E o fato de 75% dos vínculos profissionais da Indústria Criativa estarem localizados no município, evidenciam sua posição de destaque nesse mercado.

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Mapeamento da Indústria Criativa: ótica do mercado de trabalho (Firjan/Divulgação)
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Os dados fazem parte do Mapeamento da Indústria Criativa 2025, publicação da Firjan com análise da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS). O ano de 2023 é a base mais atualizada fornecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A importância econômica do Rio reflete não apenas na produção, onde 2,7% das empresas empregadoras são do segmento criativo, maior que a média nacional (2,3%). Ela também se destaca no mercado de trabalho, que conta com 124 mil empregos formais no setor, segundo maior em números absolutos.

“O desempenho acima da média nacional reafirma o potencial do estado do Rio para liderar a Indústria Criativa brasileira nas próximas décadas”, afirma Luiz Césio Caetano, presidente da Firjan.

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Mapeamento da Indústria Criativa: ótica da produção x ótica do mercado de trabalho (Firjan/Divulgação)
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Para ele, o Rio de Janeiro não apenas reforça sua vocação histórica para a cultura e a inovação, mas também se revela um polo econômico dinâmico da Indústria Criativa, “impulsionando setores de alta tecnologia e valor agregado, com impacto direto no desenvolvimento econômico e na projeção internacional do país”, destaca Caetano.

O Mapeamento da Indústria Criativa 2025 mantém a análise dos 13 segmentos da Indústria Criativa separados em quatro grandes áreas: Consumo (Design, Arquitetura, Moda e Publicidade & Marketing), Mídia (Editorial e Audiovisual), Cultura (Patrimônio & Artes, Música, Artes Cênicas e Expressões Culturais) e Tecnologia (P&D, Biotecnologia e TIC).

Nesse contexto, o estudo aponta que Tecnologia (45%) e Consumo (39,8%) são as áreas que mais empregam na economia criativa fluminense. Porém, ao considerarmos o crescimento de postos de trabalhos criativos em relação a 2022, o ranking foi liderado pelo avanço de vagas na área da Cultura (9,4%) e da Tecnologia (8%).

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Mapeamento da Indústria Criativa: programa da indústria criativa 2-22 x 2023 (Firjan/Divulgação)

O crescimento dos empregos criativos no estado (6,5%) superou o ritmo nacional (6,1%), entre 2022 e 2023. Outros municípios importantes, como Macaé, Niterói e Duque de Caxias, apresentam destaque para o número expressivo de trabalhadores criativos. Macaé, especialmente, com 5% dos empregos do município criativos, aparece bem acima da média do estado (2,9%). Isso se explica por conta do pujante mercado de óleo e gás, que necessita de mão de obra especializada em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).

“A mudança estrutural vista na economia brasileira resulta do fortalecimento contínuo do mercado criativo, monitorado desde 2008 pelo Mapeamento. Nesse mercado, inovação, propriedade intelectual e valor da criatividade são pilares da expansão. A pandemia acelerou a digitalização e a adoção de novas tecnologias, impulsionando ainda mais o setor”, explica Julia Zardo, gerente de Ambientes de Inovação da Firjan e coordenadora do estudo.

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Além dos dados publicados no estudo, informações poderão ser combinadas e customizadas no dashboard disponibilizado no site do Observatório da Indústria, permitindo analisar a Indústria Criativa do país sob diversos ângulos, como a cadeia produtiva, os profissionais criativos e os segmentos variados dessa indústria heterogênea. Além disso, é possível obter uma visão detalhada das 27 Unidades Federativas e dos mais de 5 mil municípios brasileiros, contemplando suas realidades distintas.

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